"Não há consolo para o que eu fiz. Cometi um erro, o único em sete jogos, e fui brutalmente punido. Deveria ter segurado aquela bola
"
Oliver Kahn, goleiro da Alemanha, sobre o lance que originou o primeiro gol do Brasil na final
"Não há consolo para o que eu fiz. Cometi um erro, o único em sete jogos, e fui brutalmente punido. Deveria ter segurado aquela bola
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Oliver Kahn, goleiro da Alemanha, sobre o lance que originou o primeiro gol do Brasil na final
Rápido e oportunista, Ronaldo foi o atleta que mais chutou a gol em toda a Copa: 21 vezes (média de 3 por jogo). E os oito gols vieram quando poucos acreditavam nele. O atacante vinha de dois anos de inatividade e surpreendeu ao mostrar o mesmo futebol que o levou aos dois prêmios consecutivos de melhor jogador do mundo pela Fifa. A irreverência do Fenômeno também chamou atenção: a partir das semis, ele usou um corte de cabelo com apenas uma mecha na parte da frente. O 'estilo Cascão' virou febre no Brasil e no mundo.
Reserva em 1994 e 1998, Kahn assumiu a condição de estrela em uma Alemanha carente de talentos. O então jogador do Bayern de Munique sofreu três gols na competição. O retrospecto fez com que a Fifa, antes da final, o elegesse como o melhor jogador da Copa. Na decisão, porém, Kahn falhou. Esse foi o único erro do goleiro na Copa. Como ele próprio definiu: "uma pílula amarga".
A eliminação em Atlanta-1996 assombrou Rivaldo durante anos. No Mundial, o jogador se redimiu. Usando e abusando da habilidade com a perna esquerda, o camisa 10 fez belos lançamentos, organizou o jogo e driblou como nunca. Fez cinco gols. Um deles, contra a Bélgica, nas oitavas, merece destaque pela dificuldade do jogo. Na final, Rivaldo voltou a ser decisivo. No 1º gol, chutou a bola rebatida por Kahn que sobrou para Ronaldo. Depois, abriu as pernas e enganou a zaga para chute certeiro de Ronaldo no canto do gol de Kahn.
Luiz Felipe Scolari e sua 'família' superaram todas as expectativas de imprensa e torcida. A defesa segurou as pontas, e o trio de 'erres' ofensivo deu conta do recado. Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho mostraram habilidade e precisão nos passes e conclusões. A dupla Ronaldo e Rivaldo, que vinha de contusões sérias, superou as adversidades e balançou as redes em todos os jogos.
A seleção turca protagonizou uma das maiores surpresas da história das Copas ao conquistar o terceiro lugar em 2002. Para alcançar tal feito, o técnico Senol Gunes congestionou o meio de campo, com cinco jogadores, e contou com as estrelas do goleiro Rustu, do meia Hasan Sas e do atacante Hakan Sukur. Mesmo perdendo os dois jogos, fez partidas equilibradas com o Brasil. Eliminou o anfitrião Japão e a sensação Senegal antes de bater a Coreia do Sul na decisão do terceiro colocado.
Jogando em casa, os sul-coreanos foram nitidamente beneficiados pela arbitragem no duelo contra os espanhóis pelas quartas de final. O árbitro egípcio Gamal Ghandour anulou dois gols legítimos da Espanha. Aos 3min, Baraja ganhou da defesa e tocou de cabeça para o gol. O juiz viu falta de ataque no lance. No segundo minuto da prorrogação, outra lambança. Joaquin fez bela jogada pela esquerda e cruzou para Morientes completar. Novamente, Ghandour entrou em ação e anulou a jogada, alegando que a bola teria saído pela linha de fundo, o que não ocorreu. Após o empate sem gols no tempo normal, a decisão foi para os pênaltis, e os donos da casa venceram por 5 a 3.
Estreante em Copas, Senegal não era considerado rival à altura da campeã França, principal aposta para conquistar o título, ao lado da Argentina. E, mesmo assim, os africanos venceram o jogo de abertura por 1 a 0. Em um contra-ataque aos 30min do primeiro tempo, Diouf foi à linha de fundo e cruzou. Bouba Diop completou para o gol, aproveitando a confusão entre o goleiro Barthez e o volante Petit.
A péssima campanha francesa começou com a derrota para Senegal. Depois, a seleção campeã em 1998 empatou com o Uruguai e perdeu para a Dinamarca. Além de não conseguir passar nem mesmo da primeira fase, a França saiu do Mundial sem marcar ao menos um gol, um 'feito' inédito na história das Copas. A equipe terminou na 28ª colocação. Nunca um campeão havia feito uma campanha tão ruim.
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