"'Vai tomar no ..., seu sujo filho da p...'
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Nicolas Anelka xinga o técnico Raymond Domenech no intervalo da partida entre França e México
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Nicolas Anelka xinga o técnico Raymond Domenech no intervalo da partida entre França e México
O uruguaio Forlán foi eleito o melhor jogador da Copa, mas o poder decisivo de Iniesta foi fundamental para a Espanha conquistar seu primeiro título mundial. Com estilo discreto, o meio-campista se destacou pela precisão dos seus passes e por demonstrar lucidez mesmo nos momentos mais delicados vividos por sua equipe. Ele brilhou com mais intensidade na final, quando fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação e foi considerado o melhor jogador da decisão.
Paciência, toque de bola e eficiência mortal. A seleção espanhola pode até irritar quem espera um futebol mais incisivo, mas seu tiki taka envolvente mostrou-se letal na África do Sul e, enfim, acabou com o estereótipo de ‘time amarelão’. Os espanhóis se basearam na excelência de suas categorias de base e na mescla de talentos de Barcelona e Real Madrid para formar um time técnico, calcado na intensa troca de passes e no domínio da posse de bola sobre os rivais. O talento de Xavi e Iniesta na armação e um sistema defensivo eficaz (sofreu apenas dois gols em todo o Mundial) também ajudam a explicar o sucesso da Fúria.
Capitão da seleção espanhola, Casillas aliou segurança e agilidade para se destacar em gramados sul-africanos. Ele pegou um pênalti (contra o Paraguai) e fez duas defesas complicadas na final contra a Holanda, além de outros bons lances durante o torneio. O goleiro ajudou a Espanha a ser uma das campeãs mundiais que levaram menos gols: foram apenas dois, igualando-se à França (1998) e à Itália (2006). Além disso, protagonizou uma das melhores cenas da Copa ao beijar a namorada, a repórter Sara Carbonero, que tentava entrevistá-lo após o triunfo sobre os holandeses.
Pela primeira vez, quatro jogadores dividiram a artilharia de um Mundial. Curiosamente, cada uma das quatro melhores seleções do torneio teve um representante no topo da artilharia. Thomas Müller (Alemanha), David Villa (Espanha), Diego Forlán (Uruguai) e Wesley Sneijder (Holanda) marcaram cinco gols cada um. A Chuteira de Ouro foi para Müller, que também deu três assistências aos companheiros.
Os uruguaios chegaram desacreditados ao Mundial, mas voltaram para casa com sua melhor campanha no torneio desde 1970. O quarto lugar levou a seleção de volta aos holofotes e coroou o trabalho de renovação do técnico Oscar Tabárez, que resgatou o orgulho em torno da equipe. A Celeste Olímpica baseou seu desempenho na força ofensiva de Luis Suárez e Diego Forlán (um dos artilheiros e eleito o melhor jogador da Copa) com a voz firme de comando de Lugano na defesa.
Dois erros de arbitragem em jogos das oitavas de final foram tão absurdos que fizeram a Fifa pedir desculpas às seleções prejudicadas. No primeiro, o árbitro Jorge Larrionda não viu que a bola chutada por Lampard bateu atrás da linha do gol. Seria o gol de empate contra a Alemanha, que vencia por 1 a 0 e, no fim das contas goleou por 4 a 1. Apenas algumas horas depois, o México reclamou muito do primeiro gol argentino, quando a arbitragem ignorou o impedimento de Tevez. A Argentina ganhou por 3 a 1.
Os franceses conseguiram protagonizar um vexame pior do que o de 2002. A eliminação na primeira fase foi o menor dos problemas diante da crise interna da equipe, com um racha entre os próprios jogadores e o técnico Raymond Domenech. O polêmico treinador discutiu com Nicolas Anelka durante o intervalo do jogo com o México. O jogador, de acordo com o jornal L’Équipe, xingou Domenech e foi expulso da delegação. Greve de atletas, trocas de farpas, acusações de ‘panelas’ e de que haveria um ‘traidor’ entre os atletas culminaram com um desempenho pífio em campo: empate sem gols com Uruguai e derrotas para México (2 a 0) e África do Sul (2 a 1).
De um lado, a então campeã mundial. Do outro, uma seleção que disputava apenas sua segunda Copa. O favoritismo italiano era evidente, mas a Squadra Azzurra fez uma apresentação sofrível e amargou um empate por 1 a 1. A Nova Zelândia surpreendeu ao abrir o placar aos 6min de jogo em uma falha de Cannavaro. O jogo se tornou um treino de ataque contra defesa, com uma incrível capacidade italiana de desperdiçar chances. O goleiro Paston só foi vazado em um pênalti batido por Iaquinta. No jogo seguinte, a derrota por 3 a 2 para a Eslováquia marcou a eliminação italiana ainda na primeira fase.
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