"Eu felicito meu colega Coutinho por seu campeonato moral e desejaria, também, que ele me felicitasse por meu campeonato real
"
César Luís Menotti, técnico argentino, após a conquista do título
"Eu felicito meu colega Coutinho por seu campeonato moral e desejaria, também, que ele me felicitasse por meu campeonato real
"
César Luís Menotti, técnico argentino, após a conquista do título
Johan Neeskens foi mais um dos símbolos de uma escola de futebol que inspirou toda uma geração. Com a companhia do xará Cruyff na "Laranja Mecânica", era o meia que armava jogadas com versatilidade. Neeskens era dedicado e guerreiro na marcação, mas tinha leveza e alta qualidade técnica com a bola nos pés. Apesar de não ser artilheiro, fazia gols decisivos. Comandando com maestria o meio-campo holandês, teve atuações que se tornaram inesquecíveis para especialistas, jogadores e torcedores da sua época.
O goleiro Ubaldo Matildo Fillol foi um dos destaques da conquista no Mundial de 1978, sofrendo apenas quatro gols em sete partidas. Foi o titular do gol argentino por praticamente dez anos e participou de três Copas. Pato Fillol, como era chamado, ficou conhecido pela agilidade, reflexos rápidos e defesas em pênaltis. Ele é considerado um dos maiores goleiros sul-americanos de todos os tempos.
No auge da ditadura militar argentina, Mario Kempes, então com 23 anos, foi um dos dois únicos jogadores que atuavam em clubes estrangeiros a ser convocado pelo treinador César Luis Menotti para a Copa do Mundo de 1978. Apesar de os anfitriões terem avançado à segunda fase, Kempes passou em branco. Supersticioso, o técnico argentino pediu que o jogador raspasse o bigode para trazer mais sorte. E deu certo: o atacante foi artilheiro, com seis gols. Para completar, foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1978.
Quatro anos depois, o "futebol total" da Holanda, que marcou época com um estilo veloz e criativo, voltou a disputar uma final de Copa do Mundo. E outra vez não levou o título para casa. As estrelas Johan Neeskens e Jonny Rep tentaram, mas não conseguiram superar a ausência da estrela do time, Johan Cruyff, que se negou a participar da competição na Argentina em protesto contra a ditadura.
Além de vencer o México por 3 a 1 na estreia, entrando para a história como o primeiro país africano a conquistar uma vitória em Copas, a Tunísia empatou com a Alemanha, então a campeã mundial, e perdeu por apenas um gol da Polônia. Uma ótima campanha para um time com histórico inexpressivo no futebol até então.
Na estreia contra a Suécia, a seleção brasileira passou por uma situação inusitada em Mar del Plata. Empatava o jogo em 1 a 1, quando, já nos minutos finais, os suecos cederam um escanteio aos brasileiros. Nelinho cobrou, e Zico escorou com perfeição para o fundo das redes. Mas o gol que daria a vitória ao Brasil foi invalidado. O árbitro galês Clive Thomas alegou ter apitado o fim da partida com a bola ainda no ar. O erro custou caro a Thomas, que foi afastado da Copa.
Os austríacos surpreenderam os alemães, então atuais campeões mundiais, em partida válida pela segunda fase. Mais de 30 mil espectadores acompanharam a atuação da equipe austríaca, que garantiu a vitória com um gol de Johan Krankl, aos 42min do segundo tempo, e acabou com qualquer chance da Alemanha.
O Peru, com uma das melhores seleções de sua história, protagonizou a maior polêmica da Copa. Passou invicto pela primeira fase, com ótima atuação do astro Teofilo Cubillas. Na etapa seguinte, porém, não ganhou um jogo sequer. Perdeu para o Brasil (3 a 0) e para a Polônia (1 a 0). Mas o vexame ainda estava por vir. No jogo contra os argentinos, que precisavam vencer por quatro gols de diferença, os peruanos tomaram de 6 a 0. O episódio levantou suspeitas de suborno, principalmente porque o goleiro do time peruano era o argentino naturalizado Ramon Quiroga.
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