Gullit

Aos oito anos, Gullit era a estrela do Meerboys, um time de garotos do bairro Yordam, em Amsterdã. Não gostava de ser chamado de Gullit. Preferia Dil, o sobrenome materno. Não demorou para ele ser procurado pelo Haarlem, um clube pequeno, mas profissional. Foi lá que o garoto dos cabelos rastafari assinou o seu primeiro contrato, com apenas 16 anos.

Aos 19, ainda como jogador do Haarlem, Gullit foi convocado pela primeira vez para a seleção holandesa. Logo virou ídolo nacional, pois jogava bonito, como os fanáticos holandeses gostavam.

Ao lado de Van Basten e Rijkaard, encantou o mundo no final da década de 80 levando a Holanda à sua maior glória futebolística: a conquista da Eurocopa de 1988. Inteligente e com grande visão de jogo, Gullit foi o companheiro perfeito do artilheiro Van Basten, o segundo maior jogador holandês de todos os tempos, atrás apenas de Johan Cruyff.

Em 1988, Gullit e Van Basten tiraram o Milan de um jejum de títulos que já durava 11 anos. Foram campeões da Itália, da Europa e do Mundo. Com o talento de Gullit e a incrível capacidade de marcar gols de Van Basten, o time italiano era irresistível naqueles tempos.

A maior decepção da carreira do jogador foi o fiasco da seleção holandesa na Copa do Mundo de 1990, na Itália. Apesar do favoritismo, a equipe foi surpreendida pela Alemanha nas quartas-de-final.

Gullit, como todos os seus companheiros, não jogou metade do que sabia. Mas a decepção não abalou a carreira do craque. Ele ainda teve gás para defender a Sampdoria, da Itália, e o Chelsea, da Inglaterra. Como jogador e técnico, levou o time inglês à conquista da Copa da Inglaterra em 1997. Abandonou os gramados naquele ano, em virtude do desgaste provocado por quatro cirurgias no joelho.

Depois de deixar o cargo de treinador do Chelsea, assumiu o Newcastle United, em 1998. Em 2004, se tornou treinador do Feyenoord, da Holanda, clube que o projetou para o futebol. Em 2007, assumiu o comando do Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos.