Bergkamp

O atacante Dennis Bergkamp foi um dos melhores jogadores revelados pelo futebol holandês. Com 37 gols em 79 partidas, ele é o segundo maior artilheiro da Holanda, atrás de Patrick Kluivert. Ele também foi indicado duas vezes para o prêmio de melhor jogador do ano da Fifa, em 1993 e 1997, e marcou 276 gols em 20 anos de carreira.

Quando começou nas categorias de base do Ajax, de Amsterdã, Bergkamp tinha apenas 12 anos e era um menino franzino. Subiu aos profissionais em 1986, aos 17 anos. Não saiu mais do time.

Em pouco tempo, se tornou o principal destaque do time. Foi artilheiro em três edições do Campeonato Holandês e conseguiu a proeza de marcar gols em dez jogos consecutivos.

Em 1992, conquistou a Copa da Uefa com o Ajax e chamou a atenção dos principais clubes da Europa. No ano seguinte, aos 24 anos, foi contratado pela Inter de Milão, da Itália. No clube italiano, conquistou o seu segundo título da Copa da Uefa, em 1994.

No mesmo ano, disputou a Copa do Mundo dos Estados Unidos, onde assumiu a condição de craque da seleção da Holanda, sucedendo o craque Van Basten como principal jogador holandês. Bergkamp foi um dos principais jogadores na partida contra o Brasil, pelas quartas-de-final.

No jogo que foi considerado o melhor do Mundial, Bergkamp fez um dos gols na derrota de 3 a 2 diante da seleção brasileira. Depois da Copa, ele deixou a Inter, de Milão, onde teve uma passagem apagada, e foi transferido para o Arsenal, da Inglaterra. No futebol inglês, Bergkamp voltou a exibir o seu melhor futebol e se tornou uma lenda no clube onde permaneceu por mais de dez anos.

Ele ainda disputou a Copa do Mundo de 1998, na França. Mais uma vez, a Holanda se despediu da competição ao perder para o Brasil na semifinal, nos pênaltis. Dois anos depois, anunciou a sua despedida da seleção holandesa.

Ele sofria de aerofobia, medo de viajar de avião, o que teria motivado a sua decisão. Na Copa de 1994, por exemplo, Bergkamp decidiu fazer uma viagem de navio para os Estados Unidos. Quando era obrigado a viajar de avião, o atacante precisava tomar sedativos.

Em 2006, Bergkamp “pendurou as chuteiras”, depois de 20 anos de carreira. Centroavante inteligente e de bom posicionamento, Bergkamp demonstrava sangue frio na conclusão das jogadas e recebeu o apelido de “Homem de Gelo”.

Depois da aposentadoria, ele rejeitou uma proposta para virar treinador do Arsenal e decidiu dedicar tempo à família.