Com a geração mais vitoriosa de sua história, a Espanha enterrou de vez a fama de ‘amarelona’. Casillas, Xavi, Iniesta, David Villa e companhia confirmaram a supremacia da Fúria, campeã europeia dois anos antes, e coroaram um estilo de jogo ofensivo, baseado no toque de bola com qualidade e domínio da posse de bola. A Fúria deixou de lado medalhões como Raúl e deu continuidade ao trabalho desenvolvido nas seleções de base para formar um time vencedor.

A vitoriosa campanha espanhola começou com um susto. Logo na estreia, a equipe perdeu por 1 a 0 para a Suíça e mais uma vez pairou a desconfiança sobre a equipe. Contra Honduras, a Fúria voltou a desperdiçar muitas chances de gol, mas ganhou por 2 a 0 e engrenou. O duelo contra o Chile valeu a liderança do grupo e determinou quem pegaria o Brasil nas oitavas. Mesmo sem brilhar, a Espanha venceu por 2 a 1.

Nas oitavas, a Espanha fez o clássico ibérico contra Portugal. Seu futebol coletivo superou um discreto Cristiano Ronaldo pelo placar de 1 a 0. A retranca paraguaia quase complicou a Fúria, que contou com grande atuação de Casillas e um inspirado Villa para fazer novo 1 a 0. A semifinal reservou um reencontro com a Alemanha, rival da decisão da Eurocopa de 2008.

Sensação da Copa e com uma talentosa geração de jovens, a Alemanha parou na marcação espanhola. A vitória por 1 a 0 da Fúria veio de forma improvável: em lance pelo alto, concluído por uma cabeçada de Puyol. Pela primeira vez, os espanhóis chegavam a uma decisão de Mundial.

Em jogo violento contra a Holanda, a Espanha não foi brilhante, mas foi recompensada por sua eficiência. Diante de um adversário na defensiva, os espanhóis só soltaram o grito de gol na prorrogação, quando Iniesta entrou para a história ao colocar, enfim, sua seleção no rol dos campeões mundiais.