30/05/2010 - 18h20

De cabeça, Gallas salva França de derrota contra a Tunísia

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A França voltou a mostrar um fraco desempenho em campo e empatou por 1 a 1 com a Tunísia, que recebeu este amistoso preparatório para a Copa do Mundo neste domingo na cidade de Radès.

A seleção francesa mais uma vez se mostrou pouco confiável em sua defesa e foi febril no ataque, como já havia sido poucos dias atrás na vitória suada sobre a Costa Rica por 2 a 1. Os Bleus saíram perdendo com um gol logo no início, marcado por Jemaa, mas se salvou da derrota com cabeçada de Gallas na etapa complementar.

A equipe do técnico Raymond Domenech foi à campo com apenas uma alteração em relação ao amistoso contra a Costa Rica: Hugo Lloris, goleiro do Lyon, voltou à posição de titular no lugar de Steve Mandanda, do Olympique de Marselha.

De maneira que a França repetiu a escalação ofensiva, num 4-3-3 no qual Toulalan era o único volante plantado à frente da área enquanto Malouda pela esquerda e Gourcuff pela direita faziam a ligação com o ataque. A linha ofensiva francesa era formada por Anelka como homem de área, Ribéry aberto pela esquerda e Govou pela direita.

E se uma formação ofensiva tem mais chances de marcar, também sempre se arrisca mais a tomar gols, como foi o caso nesta partida: a Tunísia abriu o placar logo aos 5 minutos de jogo. Nafti se adiantou a Toulalan na frente da área francesa e, por baixo das pernas do volante, achou passe para Ben Khalfallah infiltrado pela esquerda. O tunisiano, um dos melhores em campo, tocou para o meio da área e, do lado direito do gol, Jemaa completou para as redes.

Assim como no jogo anterior, contra a Costa Rica, a França demonstrava dificuldade para chegar ao ataque no começo do jogo e tomava o primeiro gol no início. Enquanto isso, a Tunísia pressionava, empolgada sempre pelo fato de estar disputando uma partida contra seu ex-colonizador, apoiada por sua torcida.

Passados dez minutos, porém, a partida passou a ter um equilíbrio maior, com a França conseguindo finalmente encaixar mais jogadas ofensivas. Ribéry era o homem que levava mais perigo, com ao menos duas boas chances criadas em dribles em velocidade seguidos de chutes a gol.

A partir dos 20 minutos, os Bleus tomaram conta do jogo e obrigaram os tunisianos a segurarem seu ímpeto e se posicionarem mais próximos da defesa. Os principais lances de efeito dos franceses eram de bola parada (com Gourcuff), chutes de fora da área e cruzamentos. Mas nenhuma dessas jogadas representou uma clara chance de gol.

A melhor chance veio aos 45 minutos, com Florent Malouda, que dominou a bola na marca do pênalti com o peito e, de esquerda, chutou à queima-roupa para belíssima defesa do arqueiro Mathlouthi.

No intervalo, Ribéry deu lugar a Henry, assim como Abidal cedeu sua posição a Planus, que fez sua estreia.

A etapa complementar começou parecida com a primeira, com os franceses em dificuldade para marcar os tunisianos, que por sua vez fechavam sua defesa jogando de forma compacta.

Por falta de outras opções, a aposta francesa no jogo aéreo continou no segundo tempo, e foi desta maneira que os Bleus empataram o jogo. Gourcuff, sempre a cargo das cobranças de faltas e escanteios, cruzou uma falta pela direita e Gallas subiu mais que o goleiro para desviar a bola para as redes.

Após o gol de empate, a França passou a ter maior posse de bola, principalmente por conta das diversas substituições implementadas por Raymond Domenech. Evra deu lugar a Clichy na lateral-esquerda, Gallas a Squilacci na defesa, Gourcuff a Diaby no meio de campo, e no ataque, Gignac entrou no lugar de Anelka e Cissé fez sua reestreia pela seleção ao substituir Govou.

No entanto, mais uma vez os franceses se mostraram pouco efetivos na construção de jogadas de perigo e não conseguiram virar a partida contra uma equipe tunisiana àquela altura satisfeita com o empate. Thierry Henry, que começou aberto pela esquerda e depois virou centroavante, teve atuação discreta, como a da maioria de seus companheiros de ataque. Tudo indica que a braçadeira de capitão ficará com Patrice Evra, já que Henry tem ficado cada vez mais próximo de amargar o banco de reservas.

Os Bleus voltam a campo no dia 4 de junho em amistoso contra a China, o último antes de estrearem no Mundial. A França está no grupo A da Copa do Mundo ao lado de África do Sul, México e Uruguai, com quem faz sua primeira partida na competição.

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