Jairzinho

Jair Ventura Filho
Jairzinho
Data de Nascimento25/12/1944
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoRio de Janeiro (RJ)
Altura1,73m
Peso74kg
Participações em Copa3 (1966, 1970 e 1974)
Título em Copa1 (1970)

História

Clubes por onde passou
  • Botafogo (RJ): 1961 - 1974
  • Olympique de Marselha (FRA): 1974 - 1975
  • Cruzeiro (MG): 1975 - 1976
  • Portuguesa (SP): 1977
  • Noroeste (SP): 1978
  • Fast Club (AM): 1979
  • Jorge Wilstermann (BOL): 1980
  • Botafogo (RJ): 1981

Nunca faltaram desafios na vida de Jairzinho. O primeiro, e talvez o mais difícil de todos, foi substituir Garrincha com a camisa "7" do Botafogo-RJ, em 1965. Recém-saído do juvenil foi recebido com receio pelos torcedores. Mas deu conta do recado e acabou convocado para a seleção que foi à Copa da Inglaterra em 1966. Nesse Mundial, aliás, atuou ao lado do ídolo que acabara de substituir. Apesar do fracasso brasileiro, a Inglaterra viu Jairzinho e Garrincha no mesmo time, numa verdadeira troca de bastões pela ponta-direita da seleção.

Outro desafio foi conseguir um lugar na seleção tricampeã em 1970. Ponta-de-lança no Botafogo, os críticos não acreditavam que houvesse lugar para ele em um time que já tinha Pelé, Rivellino, Gérson e Tostão. Queimaram a língua. Na ponta-direita, posição em que só aceitava jogar na seleção brasileira, Jairzinho encontrou seu lugar entre as feras e foi o artilheiro do Brasil no Mundial. Na verdade, fez mais: marcou sete gols em seis jogos, sem passar nenhuma partida em branco, um feito nunca alcançado por outro campeão mundial.

A mais difícil partida do Brasil naquela Copa, contra a ótima Inglaterra, só saiu do 0 x 0 depois que Jairzinho concluiu com um chute indefensável uma belíssima jogada iniciada por Tostão e que passou também pelos pés de Pelé. O astro do Botafogo saiu dos campos do México consagrado como o "Furacão da Copa".

Depois do sucesso em 1970, o atacante assinou com o Botafogo um dos maiores contratos da época. Continuou um dos maiores jogadores do país e, assim como Rivellino, chegou à Copa de 1974, na Alemanha Ocidental, como um astro. Mas a campanha brasileira naquele Mundial acabou sendo um fracasso, e Jairzinho mostrou que não era apenas o seu cabelo, mais comprido, que estava mudado. Suas atuações nem chegaram aos pés daquelas vistas em 1970.

Também em 1974, nem o excelente contrato que ele havia assinado com o Botafogo foi suficiente para impedir que o Olympique de Marselha o levasse para a França. Jairzinho atuaria ao lado de Paulo César Caju, ex-companheiro de seleção e Botafogo, que já estava no clube francês. Mas a passagem de Jairzinho pela França durou pouco. Acusado de agredir um bandeirinha, ele ganhou passe livre e voltou para o Brasil, onde alugou seu futebol ao Cruzeiro.

No time mineiro, tornou-se um dos principais artífices da conquista da Libertadores, em 1976. Com mais essa faixa no peito, Jairzinho foi fazer gols em outras partes. Passou pelo Noroeste de Bauru, pelo Fast Club, de Manaus, pelo Wilsterman, da Bolívia. Em 1981, aos 37 anos, terminou a carreira no Botafogo.

Como não poderia ser diferente após pendurar as chuteiras, o Furacão iniciou a carreira como treinador. A estreia fora das quatro linhas foi no Nineth October, do Equador, em 1982. Dois anos depois, ele estava novamente no Fogão, desta vez para trabalhar no time de juniores. Jairzinho ainda comandou o Londrina, Al Wiahda (da Arábia Saudita), Bonsucesso-RJ e Mesquita-RJ. Mas foi no São Cristóvão-RJ que ele fez uma grande descoberta: Ronaldo Fenômeno.

Já na década de 90, aceitou o convite para ensinar futebol para jovens no Japão. Na Grécia, ele dirigiu o time do Kalamata. De volta ao mundo árabe, o ex-atacante foi técnico do Ittefac. Jairzinho ainda trabalhou como dirigente no Campo Grande-RJ e Caxias-RS. Atualmente, o campeão do mundo em 70 comanda a escolinha de futebol Jairzinho Furacão, que trabalha como jovens carentes no Rio de Janeiro.

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