Didi

Waldir Pereira
Didi
Data de Nascimento08/10/1929
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoCampos (RJ)
Altura1,70m
Peso59kg
Participações em Copa3 (1954, 1958 e 1962)
Título em Copa2 (1958 e 1962)

História

Clubes por onde passou
  • Rio Branco (RJ): 1947
  • Lençoense (SP): 1947
  • Madureira (RJ): 1948 - 1949
  • Fluminense (RJ): 1949 - 1956
  • Botafogo (RJ): 1956 - 1958
  • Real Madrid (ESP): 1959 - 1960
  • Botafogo (RJ): 1960 - 1962
  • Sporting Cristal (PER): 1963
  • Botafogo (RJ): 1964 - 1965
  • Vera Cruz (MEX): 1965 - 1966
  • São Paulo (SP): 1964 - 1966

Didi pode ser definido pelos dois apelidos que ganhou do escritor Nelson Rodrigues. Era o "Príncipe Etíope", pela rara elegância, beleza e frieza de seu jogo, e a "Mãe dos Pernas-de-Pau", porque com seus passes longos, precisos e geniais transformava atacantes comuns em goleadores implacáveis. Já para a imprensa internacional, Didi, cérebro das equipes, era "Mr. Football".

Foi assim que fez a glória de Carlyle, lendário artilheiro do Campeonato Carioca de 1951, único título de Didi em seus quase dez anos de Fluminense. Gênio incompreendido, acusado de dormir em campo, de só jogar quando queria, ele trocaria as Laranjeiras em 1956 pelo Botafogo, na maior transação do futebol brasileiro por muitos anos. Na temporada seguinte, já era campeão carioca com a camisa do alvinegro.

Mas foi na seleção brasileira, durante as eliminatórias da Copa de Mundo de 1958, que o meia virou ídolo nacional. Faltavam oito minutos para acabar o jogo contra o Peru, no Maracanã. Persistindo o empate sem gols, a vaga iria para sorteio. Didi cobrou uma falta para o Brasil. Quando o goleiro já via a bola ir passando por cima do travessão, ela caiu de repente, dentro do gol.

Era a "folha-seca", um chute cheio de efeito com a marca registrada de Didi. Depois, veio a consagração internacional. Titular absoluto e líder incontestável da seleção brasileira que venceu o mundial da Suécia, em meio a feras como Pelé, Garrincha e Zito, Didi foi apontado por muitos como o melhor jogador da Copa.

Em 1959, seduzido por uma generosa proposta do Real Madrid, o craque desembarcou na Espanha para formar com Di Stefano e Puskas um meio-campo de sonhos. Não deu certo. Didi não conseguiu superar os desentendimentos que teve com a dupla e voltou desapontado para o Brasil.

A frustração não durou muito. De volta a um Botafogo que tinha metade da seleção brasileira, Didi recuperou seu posto, o prestígio e a capacidade de fazer sonhar. Foi o maestro da conquista do bi carioca em 1961 e 1962 e, mais uma vez, brilhou aos olhos do mundo na seleção nacional que voltou com o caneco do Chile, em 1962.

Quando já tinha parado, aceitou um convite para jogar no São Paulo. Não dava mais. Depois de poucas partidas, encerrou a carreira em definitivo. Em 1970, como técnico, conseguiu classificar o Peru para a Copa do Mundo, no México. Mas acabou eliminado nas quartas de final, justamente contra a seleção brasileira.

Faleceu em 12 de maio de 2001, após complicações por causa de uma cirurgia no aparelho digestivo.

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