Data de Nascimento | 22/08/1930 |
Nacionalidade | Brasileira |
Local de nascimento | Santos (SP) |
Altura | 1,81m |
Peso | 73kg |
Participações em Copa | 3 (1958, 1962 e 1966) |
Título em Copa | 2 (1958 e 1962) |
No início de 1951, o Corinthians anunciou com alarde a compra de um centro-médio do Jabaquara de Santos: Ciciá. De quebra, só para complementar o negócio, veio também um goleiro, Gylmar dos Santos Neves, o mais vazado do Campeonato Paulista no ano anterior. Ciciá, como centenas de outros jogadores, passou. Gilmar, não.
Com a camisa do Corinthians, da seleção brasileira e depois do Santos, ele se transformaria em um dos melhores goleiros - para muitos, o melhor - que o país já teve. A história de Gilmar no Corinthians começou acidentada. Considerado culpado por uma derrota de 7 x 3 para a Portuguesa, foi afastado do time pelo técnico Oswaldo Brandão.
Amargou a reserva de Cabeção pelo resto da temporada, mas recuperou seu lugar durante uma excursão que o clube fez pela Europa, no ano seguinte. Com defesas impossíveis, Gilmar foi um dos heróis da conquista do bicampeonato paulista em 1954 pela equipe do Parque São Jorge - título histórico, no ano do quarto centenário da cidade de São Paulo. Consagrado como o dono absoluto da camisa 1 alvinegra, ele chegou a titular da seleção brasileira que, em 1958, conquistou o seu primeiro título mundial na Suécia.
Foi só no segundo semestre de 1961 que Gilmar trocou o Corinthians pelo Santos. Deixou o clube magoado, acusado pelo presidente Wadih Helou de simular uma contusão para facilitar a transferência. Apesar da saída polêmica, a segurança e a tranquilidade inabaláveis que sempre demonstrou, até nos piores momentos, são mais do que suficientes para que os corintianos o aclamem como o melhor goleiro que já passou pelo clube.
No Santos, aonde chegou com mais de 30 anos, Gilmar juntou-se a craques como Pelé, Zito, Coutinho e Pepe. Não foi difícil, a partir de então, tornar-se um dos jogadores que colecionou mais títulos na história do futebol brasileiro. Ganhou quase tudo o que disputou: mais uma Copa do Mundo (a do Chile, em 1962); o bi mundial interclubes e da Libertadores (1962/1963); cinco Taças Brasil seguidas (de 1961 a 1965), cinco paulistas (1962, 1964, 1965, 1967 e 1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), precursor do Campeonato Brasileiro.
Encerrou a carreira festejado como o melhor goleiro da história do Santos. Mas, independentemente do clube que defendia, Gilmar será sempre mais lembrado por suas atuações na seleção brasileira. Titular absoluto nas duas primeiras conquistas mundiais do Brasil, em 1958 e 1962, ele era símbolo de segurança, enquanto gênios como Pelé, Garrincha e Vavá garantiam os gols.
Em sua última Copa, dividiu a posição com Manga. E, assim como ele, o Brasil também não era mais absoluto: caiu diante do bom futebol e da violência da seleção de Portugal. Para Gilmar, o prejuízo nem foi tão grande: ele já havia carimbado seu nome na história do futebol brasileiro.
Depois de deixar o futebol, Gilmar se aventurou no mundo dos carros ao abrir uma concessionária de veículos na capital paulista. Ele também foi dirigente do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa da cidade de São Paulo por dois anos. Em junho de 2000, o ex-goleiro sofreu uma isquemia cerebral, que paralisou quase metade do seu corpo.
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