Flávio Florido/UOL

Cafu fala com a imprensa em Johanesburgo durante lançamento do logo de 2014

08/07/2010 - 14h33

Cafu diz que não adiantou seleção usar 'festa' de 2006 como exemplo de fracasso

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)

Um dos convidados do evento nesta quinta-feira em Johanesburgo que apresenta ao mundo a logomarca oficial da Copa de 2014 no Brasil, o ex-lateral da seleção Cafu comentou o fracasso da equipe de Dunga na competição na África do Sul, rebatendo alguns dos conceitos que nortearam a campanha do time até as quartas de final.

“Não existe uma fórmula ideal (de preparação). A seleção trabalhou bem em 2006 e também agora com o Dunga, fez um bom trabalho. Mas parou na mesma fase. Não é uma questão de abrir muito para a imprensa ou fechar tudo. Tem que ser uma estrada alternativa no meio disso”, comentou o capitão do penta, antes do evento oficial da Copa brasileira.

Durante todo o ciclo de Dunga à frente da seleção, os exageros de liberdade na preparação para o Mundial de 2006 foram pintados como parte dos motivos da queda na Alemanha, principalmente aqueles testemunhados durante o período de treinos em Weggis, na Suíça. Integrante do time daquela Copa, Cafu voltou ao debate com mais uma rebatida de tese.

“Não pode ser tudo aberto como um Big Brother, ou tudo fechado, como um regime militar. As duas formas foram muito criticadas, mas o trabalho do Dunga foi bom, como o do Parreira tinha sido. Acho que a questão da derrota não é essa”, declarou.

Apesar da visão contrária ao último comando da seleção, Cafu foi um nome visto no ambiente da equipe durante a Copa na África do Sul. Antes da eliminação contra a Holanda nas quartas de final, o ex-capitão visitou os vestiários da equipe no estádio Ellis Park, após a vitória sobre o Chile nas oitavas.

Questionado ainda sobre o nome de preferência para o comando da seleção no próximo ciclo de Copa, o ex-capitão da seleção brincou: “Cafu?”. Em seguida, falou com diplomacia sobre dois supostos candidatos, Luiz Felipe Scolari e Leonardo e revelou inclinação por uma escolha de um profissional mais experiente.

“Este técnico que for escolhido vai trabalhar debaixo de muita pressão, porque todo mundo espera que o Brasil ganhe em casa em 2014. Tem que ser alguém que saiba lidar muito bem com essas condições”, declarou o ex-jogador de São Paulo e Palmeiras.
 

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