08/07/2010 - 13h18

Bebeto reforça coro por renovação na seleção para 2014 e lamenta descontrole

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)
  • Entre autoridades e ídolos, Bebeto representou o Brasil na cerimônia de divulgação do logo de 2014

    Entre autoridades e ídolos, Bebeto representou o Brasil na cerimônia de divulgação do logo de 2014

O discurso de que é preciso renovar a seleção brasileira ganha mais adeptos a cada dia. Nesta quinta-feira, em Johanesburgo, foi a vez de Bebeto entrar na lista. O campeão mundial de 1994 afirmou que é preciso dar mais chances à nova geração de jogadores para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Ele ainda lamentou o descontrole emocional da equipe de Dunga na África do Sul, na eliminação nas quartas de final.

“Devemos mudar bastante nesse próximo ciclo. Sempre é preciso renovar, e com a seleção não é diferente. Muitos jogadores desse time não conseguirão disputar a próxima Copa, embora isso dependa muito de cada um. Eu joguei minha última Copa com 34 anos, o jogador precisa se cuidar”, avaliou Bebeto, convidado por um patrocinador do próximo Mundial para o evento de lançamento da logomarca de 2014.

Três dias depois da derrota do Brasil para a Holanda por 2 a 1 na última sexta-feira, em Port Elizabeth, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, fez algumas críticas ao trabalho de Dunga, ressaltando que a seleção tinha poucos jogadores jovens e elogiando os adversários que tomaram o rumo da renovação.

Bebeto não foi tão crítico com Dunga, seu companheiro na conquista do tetra em 1994, mas também apontou falhas na equipe eliminada pelos holandeses.

“O primeiro tempo do Brasil foi incrível, a Holanda não viu a cor da bola, mas houve a falha de comunicação do Julio Cesar com o Felipe Melo e a seleção tomou o primeiro gol. Aí o time se descontrolou e não reagiu, isso foi o que mais me decepcionou. Todos começaram a discutir e não jogaram. Isso não é Brasil”, comentou.

Sobre o próximo treinador da seleção, Bebeto elogiou Luiz Felipe Scolari, o mais cotado para assumir a função. “Estão falando bastante no nome do Felipão. Ele é campeão do mundo [de 2002] e pode fazer um grande trabalho.”

O atacante do Brasil nas Copas de 1990 (como reserva), 1994 e 1998 ainda apostou na Espanha campeã no próximo domingo, na final diante da Holanda, no Soccer City, em Johanesburgo. “Se eles repetirem o jogo que fizeram contra a Alemanha [na semifinal, 1 x 0], a Holanda não terá chances.”
 

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