Mais eficiente até as oitavas de final, Espanha enfrenta maior "ladrão"

Causadora de dúvidas com sua derrota por 1 a 0 para a Suíça na estreia da Copa do Mundo, a Espanha conseguiu recuperar sua eficiência na África do Sul e, embora tenha levado mais tempo para apresentar um bom futebol, foi decisiva contra Portugal e tem em seu próximo adversário um oposto nos números do Mundial para a partida que ocorre no sábado às 15h30 (de Brasília).

Dona da maior quantidade de passes e com o melhor aproveitamento no toque de bola, a seleção comandada por Vicente Del Bosque faz poucos desarmes que seis das outras sete equipes garantidas nas oitavas de final justamente por não desperdiçar bolas.

Quando tem a posse de bola, a seleção da Espanha é disparada a que mais se movimenta no gramado, chegando a percorrer a distância total de 194,33 km em suas quatro partidas. Enquanto isso, os paraguaios somam 175,85 km. E quando não tem a bola, a equipe europeia é a que menos precisa correr, com 137,56 km percorridos contra 163,33 km do Paraguai.

Se a Espanha tem o aproveitamento de passes em 91,2%, o Paraguai é o segundo pior dos oito times, com 77,6%, superando apenas a seleção uruguaia. Com a alta quantidade de erros, a equipe treinada por Gerardo Martino acaba necessitando mais de parar a jogada e tem a maior média de faltas por partida com 17,5, além de ser o time que mais rouba bolas com 154,5.

Outro motivo para a seleção paraguaia necessitar tanto dos roubos de bola é a quantidade de erros, já que é o time das oitavas de final com mais bolas perdidas com média de 47,3, contra 38,8 da Espanha.

Com mais que o dobro de dribles que a equipe oponente e também superior nas finalizações, a Espanha poderá levar a vantagem utilizando a rapidez das jogadas no duelo com os paraguaios, mas para isso terá de furar uma retranca que sofreu apenas um gol no Mundial e está a três partidas sem ser vazado.

Enquanto Espanha e Paraguai fazem um confronto tão oposto, Uruguai e Gana formam o duelo mais equilibrado nos números. A seleção sul-americana é a segunda que mais precisa se movimentar sem a bola, com 187,82, enquanto o último representante africano no Mundial lidera a lista com 192,73.

As duas equipes ainda são as que menos trocam passes e estão entre os piores aproveitamentos no quesito, com o Uruguai sendo o pior colocado com 260 e 75% de acerto contra 301 e 79,7%. A diferença fica pela parte disciplinar, em que os uruguaios têm média 5,5% menor.

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