Montagem - AFP/Getty Images

Espanhol Villa e paraguaio Cardozo celebram durante conquista da vaga nas quartas

30/06/2010 - 07h00

Espanha e Paraguai apostam em "gerações de ouro" por feito inédito

Do UOL Esporte
Em São Paulo

O encontro entre Espanha e Paraguai nas quartas de final da Copa do Mundo opõe um time europeu favorito ao título com outro considerado “azarão”. Mas as duas equipes têm algo em comum. Em busca de uma semifinal inédita, contam com uma quantidade sem precedentes de talentos nas suas seleções.

Jogadores como Torres, Villa e Xavi explicam por que a Espanha conta com uma das melhores gerações de todos os tempos. “A Espanha está em uma posição melhor do que nunca para ganhar o Mundial”, admitiu o ministro dos Esportes Jaime Lissavetzky.

Eles foram campeões europeus há exatos dois anos, o que lhes deu o favoritismo para o título na África do Sul. Mas, se eles ao menos conseguissem quebrar a sina das quartas e chegar às semifinais, já fariam história.

ESPANHA TEM SINA EM QUARTAS DE FINAL

4 eliminações

Todas as vezes que a Espanha jogou quartas de final em Copas, foi eliminada. Em 1986, o time de Butragueño (foto) perdeu para a Bégica.

9 pontos

Com três vitórias em quatro jogos, o time de Del Bosque tem o sexto melhor aproveitamento na África do Sul.

21 dribles

É a maior média de fintas por jogo da Copa de. Em aproveitamento de passes, os espanhois também lideram: 91,2%

Embora tenha conquistado o quarto lugar na Copa de 1950, a Espanha nunca disputou uma semifinal com formato mata-mata. Naquela época, havia um quadrangular final para definir os primeiros colocados, e a “Fúria” ficou em último lugar. Desde então, o melhor resultado deles foi uma quinta colocação na Copa de 2002, quando foram eliminados nas quartas pela Coreia do Sul.

Ou seja, se vencer o Paraguai, a Espanha já vai pelo menos igualar a sua melhor campanha em um Mundial, e ainda terá a primeira chance de disputar uma semifinal de Copa. Além de 2002, os espanhois foram derrotados outras duas vezes em quartas de final: contra Itália em 1994 e Bélgica em 1986.

“Hoje [terça-feira] faz dois anos do título da Eurocopa, foi um impulso para o nosso futebol. Seguimos quase as mesmas pegadas da equipe anterior, retocamos algumas coisas, mas sem desviar do caminho, em beneficio para o nosso futebol. Podemos cometer erros, mas tentaremos seguir esse caminho já trilhado anteriormente”, destacou o técnico Vicente Del Bosque.

Já o Paraguai tem a honra de entrar pela primeira vez na lista das oito melhores seleções do mundo. O que coincide com a formação do grupo mais completo de jogadores que o país já teve, segundo o próprio técnico Gerardo Martino. Mesmo com a baixa de Salvador Cabañas, a naturalização do atacante argentino Lucas Barrios assegurou o equilíbrio de uma equipe famosa por saber se defender.

DEPOIS DE FAZER HISTÓRIA, PARAGUAI QUER FAZER ESTRAGO

7 participações

De 1930 a 2006, o Paraguai avançou para a segunda rodada três vezes: em 1986, 1998 e 2002, foi eliminado nas oitavas de final.

3 partidas

O Paraguai nunca venceu a Espanha: são dois empates sem gols, e uma derrota - na Copa de 2002, perdeu por 3 a 1 na primeira fase. Em 1998, ficaram no 0 a 0.

154,4 desarmes

É a média por jogo na Copa de 2010 do time de Gerardo Martino (foto). A maior entre todas as seleções.

“Agora temos uma grande variedade no ataque, que nunca havia tido antes”, afirmou o técnico Gerardo Martino, do Paraguai. “No passado tinha um bom ataque, mas não como agora. Além de Nelson Valdez e Santa Cruz, temos Oscar Cardozo e Lucas Barrios. Este time é mais completo do que os do passado”, confirmou. “Agora, o Paraguai é a equipe que todos sonhávamos, um time agressivo”, concordou o ex-capitão Chilavert.

Mas não é isso que o time de Gerardo Martino vem mostrando até agora na África do Sul. Com apenas três gols marcados, o Paraguai avançou às quartas de final com apenas uma vitória e três empates, sendo dois por 0 a 0. E ainda lembra aquele time comandado por Gamarra, que deu trabalho para a França em 1998 nas oitavas de final, até então o melhor desempenho do time em Copas.

Diante da ofensiva Espanha, o Paraguai tem a esperança de sair no contra-ataque com mais espaço, a partir da solidez dos seus defensores. É o time com a menor média de finalizações sofridas por jogo, e tem a melhor defesa da competição ao lado do Uruguai, com um gol sofrido. Só que, diante das retrancas de Nova Zelândia e Japão, nem mesmo o esquema 4-3-3 fez efeito, e a Albirroja passou em branco.

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