Economia e Geografia

Economia e Geografia

Rico em recursos naturais, país tem as maiores reservas de ouro, platina e cromo do mundo


Contrastes inibem o crescimento sul-africano

Com 1.219.912 km2, a África do Sul tem quase o tamanho do estado do Pará. Os 2.798 quilômetros de costas são banhados pelos oceanos Atlântico e Índico. A nação conta com nove Estados: Cabo Ocidental, Cabo Oriental, Cabo Setentrional, Estado Livre (Free State), Gauteng, KwaZulu-Natal, Limpopo, Mpumalanga e Noroeste.

Fato curioso é que existe uma capital para cada um dos três poderes: Pretoria (Executivo), Cidade do Cabo (Legislativo) e Bloemfontein (Judiciário). Porém, a maior e mais rica cidade é Johanesburgo, capital do próspero Estado de Gauteng, que produz 10% das riquezas de todo o continente africano.

Do tamanho do Pará

Demografia

A população sul-africana é estimada em aproximadamente 50 milhões, sendo 79% negros, 9% brancos, 9% mestiços e 3% asiáticos/indianos. Onze línguas são oficialmente reconhecidas: o inglês e o africâner foram introduzidos pelos colonizadores europeus, enquanto o ndebele, o sotho e o sotho do norte, além do swazi, tswana, tsonga, venda, xhosa e zulu são variantes da raiz banto – o “latim” da África. A riqueza do país está concentrada em quatro regiões metropolitanas (Johanesburgo/Pretoria, Cidade do Cabo, Durban e Port Elizabeth), com as demais regiões sendo na maior parte relegadas à pobreza.

Rica em minério

Economia emergente, com alguns setores de infra-estrutura bem desenvolvidos e rico em recursos naturais, o país tem as maiores reservas de ouro, platina e cromo do mundo. Até 1994, sofreu com embargos econômicos relacionados ao apartheid. As reformas de abertura na economia surtiram efeito na saúde financeira local. Apesar da prosperidade vista durante determinado período, com taxas de crescimento de 5% em três anos consecutivos e boom no turismo, os índices de desemprego (25%) permaneceram altos e o mercado informal vem crescendo. Uma crise no setor energético e a recessão mundial fizeram com que o PIB caísse 1,9% em 2009.

Desigualdade social

Os efeitos de séculos de segregação ainda são notáveis: é o 2º país mais desigual do mundo segundo o Índice Gini, atrás apenas de sua ex-colônia e vizinho Namíbia. No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os sul-africanos vêm ano a ano caindo de posição no ranking mundial – hoje estão em 129º. Metade da população vive abaixo da linha de pobreza. A imigração proveniente de países como Zimbábue, Moçambique, Botsuana e República Democrática do Congo têm aumentado a miséria e agravado problemas relacionados à xenofobia, já que sul-africanos temem que eles roubem seus empregos. Mas a esmagadora maioria dos imigrantes estão no mercado informal.

Aids

O país lidera o ranking mundial de mortes pela doença (350 mil por ano) e de portadores de HIV (5,7 mi). Em 2005, 37% das grávidas estavam infectadas. Hoje, um a cada cinco adultos carrega o vírus. A doença causa impacto na economia, pois o estado banca o doente e sua família. O ex-presidente Thabo Mbeki negava o problema ao alegar que a Aids era causada por desnutrição e pobreza - estudo da Harvard relata que a posição pode ter causado a vida de 300 mil.


Violência

A maior preocupação é o alto índice de violência nos grandes centros urbanos: o país lidera rankings mundiais de violência com arma de fogo, além de figurar entre as nações onde mais ocorrem assassinatos, roubos e sequestros. Outro problema crônico são os estupros: as estimativas são de que ocorram cerca de 500 mil casos por ano. Mas pesquisa feita por uma ONG com 4 mil mulheres constatou que um terço delas declara ter sido violada no último ano.


Compartilhe:

    Siga UOL Copa do Mundo

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host