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Colonizadores ingleses difundiram o rúgbi e o críquete, mas os nativos gostam é do futebol


Diversidade do país se reflete nos esportes

Seja por causa da influência da colonização, do clima ou da geografia, a África do Sul reflete a sua diversidade também nos esportes. Se os ingleses trouxeram rúgbi, críquete e golfe, os nativos nunca esconderam a predileção pelo futebol. Fora das arenas, a natureza favorece a prática de esportes radicais que não se resumem apenas à fama do maior bungee jumping do mundo.

Apesar da popularidade do futebol, o país está mais acostumado a comemorar grandes conquistas naqueles esportes que têm menor repercussão dentro do país. Talentos na natação, no tênis e até no automobilismo fazem parte da história esportiva do país, que tem como maior título nos gramados uma única edição da Copa Africana.

Um novo momento no esporte sul-africano veio com o fim do regime do apartheid, quando acabaram as barreiras raciais entre os esportes – aos poucos, negros começam a apreciar críquete, e brancos passaram a aparecer na seleção nacional de futebol. O regime de segregação ainda não foi totalmente esquecido, mas a África do Sul terá uma oportunidade única de mostrar ao mundo que isso ficou mesmo no passado.

Maior bungee jumping do mundo

Astros

Nas últimas Olimpíadas, a África do Sul teve apenas uma medalha de prata, no salto em distância. Mesmo assim, o país revela nomes de peso no esporte. Os de maior destaque têm sido o nadador Cameron van der Burgh e a corredora Caster Semenya, campeões mundiais. Há ainda um representante na NBA: Steve Nash, do Phoenix Suns, nasceu em Johanesburgo. Na F-1, a nação foi bem representada por Jody Scheckter, último campeão na Ferrari pré-Schumacher, em 1979. O tênis teve bons resultados com Wayne Ferreira, contemporâneo de Guga. Antes, o país ganhou a Copa Davis em 1974, quando a Índia boicotou a final devido ao apartheid.

Bafana Bafana x Springboks

O futebol faz parte da identidade da nação, mas é exagero dizer que a modalidade monopoliza as atenções dos aficionados por esporte. Mesmo porque, em competições de nível mundial, a África do Sul tem tradição no rúgbi e no críquete, modalidades ligadas à influência do Reino Unido e que não chegam a ter muito apelo junto à massa da comunidade negra. Preferido pelos brancos, o rúgbi detém a maior parcela dos investimentos e dos patrocínios, até porque o selecionado nacional, conhecido como "The Springboks", é bicampeão mundial.

Futebol para as massas

O mesmo local que foi o símbolo de resistência contra o regime racista do apartheid é o reduto dos craques que fizeram a história do futebol sul-africano. A região do Soweto é a parte empobrecida de Johanesburgo que, mesmo tendo aparência de favela, não deixa de atrair turistas que vão atrás de atrações como a casa em que morou o ex-presidente Nelson Mandela, ou mesmo um jogo do Orlando Pirates, um dos clubes mais populares cujo o seu estádio está localizado no meio do bairro. Grandes ídolos do esporte, como Jomo Sono, Lucas Radebe e Kaizer Motaung, nasceram lá. O último, por sinal, é o dono do Kaizer Chiefs, equipe mais popular da África do Sul.

Rúgbi e críquete para os brancos

As maiores conquistas foram justamente nos esportes marcados pela segregação. No rúgbi, o país detém o título mundial de 2007. Doze anos antes, quando levou o primeiro troféu, Mandela e o capitão François Pienaar comandaram a reconciliação entre negros e brancos, que inspirou o filme "Invictus". O críquete ainda é esporte para os brancos, tanto que se discute cotas para negros na seleção.


Golfe: grandes campos e jogadores

Com estrutura de respeito, o país é referência no turismo de golfe. O luxuoso complexo Sun City recebe o renomado torneio Nedbank Challenge. Porém, o campo de golfe mais pitoresco é o Leopard Creek, situado no Parque Kruger, o maior safári sul-africano. Os dois foram projetados pelo astro Gary Player, jogador famoso por sempre usar roupas pretas, o que lhe rendeu o apelido de “Cavaleiro Negro”.


Mais que bungee jumping

O país é a terra do maior bungee jumping do mundo, mas a reputação nos esportes radicais vai bem além. As famosas direitas intermináveis de Jeffrey’s Bay atraem surfistas de vários lugares e garantem a etapa permanente do circuito WCT. Outro tipo de queda livre que faz sucesso é o paraquedismo, que fica mais barato devido à taxa de câmbio. Nas corredeiras dos rios, o rafting é uma boa opção para quem estiver perto do rio Orange ou de Augrabies Falls.


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