Marcelo Salas

Grande parceiro de Iván Zamorano, Marcelo Salas também teve, assim como seu companheiro, momentos de protagonismo no futebol mundial. Campeão nacional em três países, o “Matador” é o maior artilheiro da história da seleção de seu país.

A trajetória de sucesso começou no Universidad de Chile, clube que defendeu de 1993 a 1996. No período, Salas ganhou os títulos nacionais de 1994 e 1995, sempre como uma das principais estrelas da equipe.

Em 1996, o atacante conseguiu seu melhor resultado, com a semifinal da Copa Libertadores e a derrota para o futuro campeão River Plate. O desempenho do Universidad animou os argentinos, que contrataram Salas em seguida, após uma disputa nos bastidores com o Boca Juniors.

Pela primeira vez em uma equipe de ponta, Salas rapidamente virou ídolo da torcida. Com o chileno no ataque, o River Plate confirmou seu predomínio local e venceu três dos quatro campeonatos que disputou (Apertura de 1996 e Clausura e Apertura de 1997).

Em 1998, Salas já estava totalmente focado na seleção chilena. Classificado para a Copa do Mundo pela primeira vez desde 1982, o time comandado pela dupla “Sa-Za” (formada pelo “Matador” e por Zamorano) vinha credenciado por uma boa eliminatória sul-americana.

Na França, a dupla voltou a funcionar. Auxiliado por Zamorano, Salas marcou quatro gols e chegou a brigar pela artilharia do Mundial, mas a equipe caiu diante do Brasil nas oitavas de final. Foi o auge de uma geração, que nunca mais repetiu o bom momento pela seleção.

Salas, porém, garantiu o passaporte para a Europa. Contratado pela Lazio, o atacante não demorou a fazer sucesso na capital italiana. Depois de brigar pelo título nacional no ano anterior, a Lazio foi campeã na temporada 1999/2000, quebrando um jejum de 25 anos.

Uma das principais estrelas da equipe ao lado do argentino Hernán Crespo, Salas passou somente mais um ano em Roma. O chileno foi contratado pela Juventus em 2001, e viu sua carreira declinar quando mais prometia. Uma ruptura de ligamentos do joelho impediu o atacante de ter uma sequência em Turim, de onde saiu em 2003 para voltar ao River Plate.

Já em fase de declínio na carreira, Salas não repetiu as boas atuações da primeira passagem pela Argentina. Após alguns lampejos, o chileno finalmente voltou para o seu país natal em 2005, para encerrar a carreira pela Universidad de Chile.

Paralelamente, Salas também dava seus últimos passos na seleção. Partícipe do time de Marcelo Bielsa que disputava as eliminatórias para a Copa da África do Sul, o atacante conseguiu atingir a marca de 37 gols com a seleção, recorde que detém até hoje.

Mesmo parado desde novembro de 2008, Salas ainda fez um jogo de despedida no ano passado. A festa no estádio Nacional contou com nomes como o francês David Trezeguet, os argentinos Ariel Ortega e Marcelo Gallardo e o italiano Christian Vieri, além do eterno companheiro Zamorano.

Atualmente, Salas vive em Temuco, sua cidade natal, com a família. Recentemente, o jogador organizou uma partida beneficente em prol das vítimas do terremoto que atingiu o Chile no primeiro semestre de 2010.