Leonel Sánchez

Grande herói da melhor campanha do Chile em Copas, Leonel Sánchez é lembrado em seu país como um dos melhores jogadores chilenos de todos os tempos. No exterior, o atacante canhoto é reconhecido pelo famoso jogo entre Chile e Itália, marcado como um dos mais violentos dos Mundiais.

Na ocasião, os sul-americanos, que sediavam a Copa em 1962, precisavam de uma vitória sobre os italianos, já bicampeões, para seguirem vivos no grupo que ainda tinha Alemanha e Suíça.

Em uma verdadeira batalha campal, o Chile saiu vencedor por 2 a 0. Artífice do triunfo, Sanchez ficou marcado por ter socado o italiano Mario David. O revide veio minutos depois, mas o árbitro Ken Aston expulsou apenas o europeu, em decisão que causou controvérsia no Velho Continente.

O espetáculo triste não apagou a boa campanha do Chile na Copa. Apesar da mancha na primeira fase, o time mostrou bom futebol e foi até as semifinais, sendo eliminado apenas pelo Brasil de Garrincha, que seria campeão.

O resultado nunca foi igualado por outra geração, o que aumenta a importância de Sanchez, que dividiu a artilharia do torneio com outros cinco atletas, todos com quatro gols. A história do jogador, porém, não se resume à seleção.

Formado nas categorias de base do Universidad de Chile, Sanchez participou do “Balé Azul”. Esse foi o apelido dado ao talentoso time que ganhou seis dos dez Campeonatos Chilenos disputados entre 1959 e 1969, ano em que Sanchez deixou a equipe para assinar com o arquirrival Colo Colo.

A “traição” resultou no fim de um jejum de seis anos para o Colo Colo, que se sagrou campeão nacional em 1970. Sanchez, no entanto, estava em fim de carreira, e logo se mudou para o Palestino, antes de se aposentar pelo Ferrobádminton, em 1973.

Apesar das mudanças de time no fim da vida como profissional, Sanchez se manteve ligado à Universidad. Até hoje o ex-jogador se mostra presente no cotidiano do clube, apesar de não fazer parte do corpo diretivo da agremiação.