10/07/2010 - 12h34

Campanha e possível título animam Espanha em combate à forte crise econômica

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Zapatero vive momento conturbado em seu governo e pode ganhar um impulso com possível conquista

    Zapatero vive momento conturbado em seu governo e pode ganhar um impulso com possível conquista

A Espanha vive um dos piores momentos econômicos de sua história, ainda em decorrência da grave crise mundial iniciada em 2008. Neste contexto, a campanha da Fúria na Copa do Mundo pode garantir, além de alento para a população, um forte impacto na economia do país.

Historicamente, o campeão consegue um impulso de movimentação financeira. Em 2006, a empresa de consultoria KRC estimou, em uma avaliação encomendada pela Mastercard, que o país vencedor da Copa consegue benefícios superiores a 50 milhões de euros.

A Espanha hoje convive com uma elevada taxa de desemprego. Cerca de 20% da população ativa está sem trabalho, e a popularidade do Partido Socialista (PSOE), que está no governo, despenca vertiginosamente. No início do ano, o Banco Central local divulgou que o país somou seu sétimo semestre seguido de recessão.

“[A ida da Espanha à final] vai ser boa para elevar a auto-estima e a confiança do país. Foi importante ganhar, mas foi igualmente importante a maneira como jogamos”, disse José Luis Rodríguez Zapatero, chefe de governo espanhol, em entrevista à rádio Cadena Ser.

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A despeito de todos os problemas, a seleção comandada por David Villa já conseguiu alguns resultados econômicos. Segundo o jornal AS, a Adidas já vendeu 1 milhão de camisas da Espanha em todo o mundo.

O resultado põe a Fúria no time das mais rentáveis da marca, já ocupado por Alemanha e Argentina, por exemplo. A empresa acredita que conseguirá um retorno de 1,5 milhão de euros (R$ 2,22 milhões) com sua divisão de euros, somente nesta temporada.

Outras patrocinadoras da Espanha também acumulam popularidade e receitas, apesar das contas a pagar. O Banesto, um banco de crédito local ligado ao Santander, por exemplo, terá de gastar cerca de 10 milhões de euros (R$ 22,2 milhões) em caso de título no domingo.

Antes da Copa, o banco prometeu que aumentaria o rendimento de uma modalidade de investimento de 3% para 4%, o que explicaria a despesa extra. O banco Sabadell fez o mesmo, mas não terá de gastar nada graças a um seguro firmado antes da promoção.

“Estaremos duplamente encantados se isso acontecer. A seleção se impõe e os clientes obtêm um aumento de rentabilidade”, disse a entidade, em resposta oficial ao jornal AS.

Além das instituições financeiras, Carrefour e Toshiba são outras marcas que terão de cumprir promessas feitas à torcida. A rede de supermercados distribuiu 10 mil vales de 100 euros cada (R$ 222) entre seus clientes para serem gastos em caso de título. Já a marca de eletrônicos reembolsará compradores de televisões e celulares que tenham sido registrados em seu site oficial de abril a junho.

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