Blatter elogia organização da Copa e diz que africanos podem se orgulhar

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva, que o continente africano e a África do Sul, em particular, podem ficar orgulhosos da Copa do Mundo que chega ao fim no próximo domingo.

“Ainda não terminou, mas sou um presidente satisfeito”, destacou o mandatário da Fifa. “Direi mais coisas na segunda-feira, quando as partidas 63 e 64 tiverem sido disputadas e o troféu já tenha sido entregue a um novo campeão.”

O duelo de número 63 acontece no sábado, às 15h30, quando Alemanha e Uruguai brigam pelo terceiro lugar. A grande final entre Espanha e Holanda será domingo, às 15h30 também, e fecha a lista de 64 jogos sediados pela África do Sul.

Blatter disse que sempre acreditou e teve confiança no Comitê de Organização sul-africano. Para ele, tudo ficou pronto dentro do prazo e até o momento a Copa transcorreu sem incidentes.

O cartola suíço chegou a mencionar que nenhum país europeu tem um número tão bom de estádios como a África do Sul. Das nove arenas utilizadas na Copa, cinco foram construídas e quatro reformadas.

Tecnologia

Ao ser questionado sobre um eventual uso da tecnologia no futebol, após os erros de arbitragem cometidos durante o Mundial de 2010, Joseph Blatter afirmou que não é o momento de discutir mudanças nas regras. Mesmo assim, acenou com a possibilidade de avanços na questão da linha do gol, para saber se a bola entrou ou não.

O presidente da Fifa declarou que a International Board, órgão com a responsabilidade de decidir mudanças nas regras, terá uma reunião de negócios no dia 20 de julho e deve incluir a questão na pauta do encontro seguinte, programado para outubro.

Na opinião de Blatter, a entidade deve, sim, abordar o tema. Ele não mencionou a possibilidade do uso de vídeo para resolver lances duvidosos e deu a entender que algum dispositivo pode ser adotado para saber se a bola ultrapassou ou não a linha.

O principal erro de arbitragem na África do Sul aconteceu nas oitavas de final, quando a Alemanha goleou a Inglaterra por 4 a 1. No fim do primeiro tempo, quando o placar ainda marcava 2 a 1, o inglês Frank Lampard chutou de fora da área, a bola bateu no travessão e caiu quase 40 centímetros após a linha do gol, mas o árbitro uruguaio Jorge Larrionda mandou o lance seguir.

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