Valcke reforça críticas à arbitragem e fala em 'última Copa' com sistema atual

Jérome Valcke, secretário-geral da Fifa, reforçou as críticas à arbitragem da Copa do Mundo, marcada por erros em diversos jogos. Apesar de não confirmar nenhum tipo de mudança, o dirigente deu sinais de que a entidade finalmente pode inserir a tecnologia no esporte.

“Eu diria que esta é a última Copa do Mundo com o atual sistema de arbitragem. O jogo está diferente, e os juízes estão mais velhos que os jogadores. Está muito rápido, e nós temos de ajudá-los”, disse Valcke.

As falhas mais comentadas da competição até o momento aconteceram nas oitavas de final. O uruguaio Jorge Larrionda não validou um gol legal de Frank Lampard, na derrota por 4 a 1 da Inglaterra para a Alemanha. Já o italiano Roberto Rosetti não viu um impedimento claro de Tévez no primeiro gol argentino na vitória por 3 a 1 sobre o México.

Os erros fizeram até Josepp Blatter, presidente da Fifa, se pronunciar sobre o assunto. O dirigente chegou a pedir desculpas pelos incidentes aos países prejudicados. Agora, a International Board, responsável pelas regras do futebol, devem analisar possíveis mudanças em uma reunião em outubro.

A tecnologia mais comentada é chamada de Hawk-Eye (olhos de falcão, em inglês), que é também utilizada no tênis. Com ela, seria possível saber quando a bola entra no gol.

"O que iremos discutir será o uso da tecnologia para apontar se a bola entrou ou não no gol", declarou Valckie, recordando que o Mundial ainda não acabou e lembrando o gol não assinalado pelo árbitro no jogo Alemanha x Inglaterra.

"Estamos falando de um gol não visto pelo árbitro, então o assunto é tecnologia", completou o secretário, informando que no próximo outono (no hemisfério norte) apresentará um novo plano para melhorar a arbitragem.

Com esse projeto em mente, segundo Valckie, a Copa da África será a última edição com o atual modelo. Entre outras ideias que chegaram à Fifa, está a de colocar mais dois assistentes no campo, algo a que o dirigente se mostrou mais reticente, porém aberto a pensar.

"Vamos ver se esse sistema ajudará o árbitro. Se dando mais quatro olhos, o rendimento dele melhorar, por que não?", ponderou o secretário.

*Atualizada às 17:45

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