Técnicos Marcello Lippi e Raymond Domenech: quatro anos de retrocesso |
De todas as seleções que participaram da Copa do Mundo de 2006, apenas as duas finalistas chegaram no Mundial da África do Sul com o mesmo treinador. Marcello Lippi, da Itália, e Raymond Domenech, da França, mostraram que a estratégia de continuísmo adotada pelas federações significou um retrocesso ao longo dos quatro anos que se passaram.
Os dois entraram na Copa de 2010 já sabendo que não continuariam no cargo depois da competição – sabiam inclusive os nomes dos seus substitutos. Mas o resultado das partidas provou que a indicação dos novos treinadores Cesare Prandelli e Laurent Blanc veio tarde demais para ambas as equipes.
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Lippi saiu consagrado do Mundial da Alemanha, e pediu demissão logo após a conquista do título. "Ao fim de uma extraordinária experiência profissional e humana, dou por encerrado meu papel como líder da seleção nacional italiana", afirmou na época.
Dois anos depois, Lippi retornava ao comando da seleção para substituir Roberto Donadoni, demitido após a eliminação nas quartas de final da Eurocopa diante da Espanha. "Estou feliz de continuar de onde havia deixado”, declarou o treinador na ocasião da sua volta.
Desde então, foram 11 vitórias, 11 empates e cinco derrotas, contando com os três jogos da campanha de 2010. Apesar da classificação em primeiro lugar no seu grupo das eliminatórias, o excesso de empates se refletiu na África do Sul, já que a Itália não saiu do empate com a modesta Nova Zelândia e se complicou no jogo decisivo contra a Eslováquia, que acabou com derrota por 3 a 2.
Lippi ainda promoveu 14 novidades em relação à convocação da Copa anterior, mas a renovação não surtiu efeito, e o time se viu dependente das mesmas peças de quatro anos atrás. E, sem poder contar com elas, o técnico não soube o que fazer. Assim foi com as lesões de Buffon e Pirlo, duas ausências que descaracterizaram a equipe.
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O caso do colega Raymond Domenech é ainda mais sugestivo, porque ele está no comando da França desde 2004 e foi mantido no cargo mesmo depois da derrota nos pênaltis para a Itália na final de 2006. Após aquela partida, ele declarou que a decisão de continuar “não era sua”.
Eis que a federação francesa apostou em mais quatro anos com o ex-lateral do Lyon e da seleção, que na beira dos gramados se revelou um sujeito antipático e controverso. No novo ciclo iniciado logo depois da Copa de 2006, o time acumulou vexames na Eurocopa e nas eliminatórias. Só se classificou para a Copa graças a um gol escandalosamente ilegal na repescagem contra a Irlanda.
Depois de duas derrotas, um empate e uma eliminação vergonhosa na primeira fase, restou a Domenech desejar boa sorte ao seu sucessor: “A França não morre nunca e tem uma geração forte que pode conquistar bons resultados. Desejo boa sorte ao treinador Blanc, e ele pode acreditar que a próxima geração é muito boa”.
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