12/06/2010 - 19h09

Vilão, Green pede desculpa à torcida inglesa; Gerrard alfineta bola da Copa

Bruno Freitas
Em Rustemburgo (África do Sul)

Vilão do empate da Inglaterra no empate por 1 a 1 com os Estados Unidos na primeira rodada da Copa do Mundo, em razão da falha grotesca no gol de Clint Dempsey, o goleiro Robert Green pediu desculpas à torcida inglesa pelo vacilo que custou dois pontos a seleção de Fabio Capello na primeira rodada do grupo C.

Com semblante tranquilo, o goleiro titular da Inglaterra atendeu a imprensa na saída do estádio Royal Bafokeng. “Foi um erro genuíno. Nós goleiros estamos preparados para coisas maravilhosas. É a parte fácil do nosso trabalho. O difícil é lidar com erros como estes”, disse Green.

“Pedi desculpas aos companheiros e aproveito para pedir a 50 milhões de pessoas que estão em casa assistindo pela televisão”, completou o jogador do West Ham United, que também declarou não estar preocupado em perder a sua posição no próximo jogo da Inglaterra na Copa.

O jogador foi prontamente defendido por seus companheiros. Na ânsia de eximir Green de culpa, Steve Gerrard pode ter arrumado um problema com a sua patrocinadora, a Adidas. O meia do Liverpool alifnetou a Jabulani, bola da Copa que é fabricada justamente pela empresa alemã.

ATÉ O RIVAL TEVE PENA

Eu realmente senti muito por ele naquela hora, e uma emoção esquisita tomou conta de mim quando a bola entrou. Não é legal ver esse tipo de coisa.

TIM HOWARD, goleiro dos EUA,
solidário com colega inglês

"Falou-se muito sobre a bola nessa semana que passou, e nós passamos por uma situação adversa. Neste momento nós apoiamos Robert. O importante é não perder a primeira partida, mas lamentamos um gol como esse", disse Gerrard, que é o primeiro atleta a se manifestar publicamente contra a bola da Copa.

Antes do posicionamento do inglês, a Adidas havia usado falas de seus patrocinados para defender a Jabulani, que vinha sendo criticada com constância. 

Do outro lado, o norte-americano Dempsey fez questão de creditar à mesma Jabulani a ajuda no lance de seu gol, quando a bola escapou das mãos de Green, mesmo em um chute sem muita força.

“Penso que ela (bola) ajudou”, respondeu Dempsey. “Ela se mexe a todo momento, você não sabe o que esperar. Depois do chute, percebi que ela deu uma mexida no último instante antes de chegar no goleiro”, afirmou o autor do gol dos EUA no jogo em Rustenburgo.

Dempsey ainda relatou que, pelas circunstâncias do gol, demorou para acreditar que tinha empatado o jogo a favor dos EUA. “Eu não vi a bola chegar até a rede. Olhei para o juiz e só acreditei que era gol quando vi o auxiliar correr para o meio”, disse o norte-americano.
 

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