Seis jogadores receberam cartão amarelo do árbitro Carlos Eugênio Simon

12/06/2010 - 17h37

Simon 'dispensa' palavrão em inglês e vai bem na estreia de sua 3ª Copa

Bruno Freitas
Em Rustenburgo (África do Sul)

Dias antes da Copa, um dos auxiliares de Carlos Eugênio Simon disse que o trio brasileiro do torneio iria estudar palavrões em inglês para mediar o jogo da primeira rodada entre Inglaterra e Estados Unidos. Neste sábado, na estreia de seu terceiro Mundial, o árbitro mais polêmico do país teve uma performance segura e correta, controlou o jogo disciplinarmente e assim dispensou usar o aprendizado alternativo na língua dos adversários.

Auxiliado pelo conterrâneo gaúcho Altemir Hausmann e pelo paranaense Roberto Braatz, Simon teve atuação quase imperceptível no duelo válido pelo grupo C da Copa, oferecendo resposta a sua numerosa legião de críticos, nacionais e internacionais.

Dias antes da partida, a imprensa inglesa publicou matéria contestando a escolha de Simon para a partida. O jornal The Guardian listou vários casos polêmicos do árbitro no futebol brasileiro e disse que o gaúcho “tem capacidade de atrair controvérsias”.

No jogo deste sábado em Rustenburgo, antes dos 15 minutos de jogo, Simon já chamava a atenção dos jogadores em jogada de bola parada, sinalizando que não permitiria empurrões e gestos do gênero. Aos 25min, puniu o inglês Milner com um cartão após uma falta e antes justificou com um sinal: “é a sua segunda”. O brasileiro também ‘amarelou’ o norte-americano Cherundolo antes do intervalo.

Na etapa final, Simon controlou o jogo e distribuiu mais cartões. O norte-americano DeMerit ganhou um por cortar jogada com a mão, assim como o compatriota Findley. Os ingleses Carragher e Gerrard também levaram, após entradas duras.

Ainda antes do fim, Simon mostrou o apito para Wayne Rooney, sinalizando que a autoridade do jogo estava em suas mãos, após reclamação mais contundente do astro inglês.

Todos os cartões foram distribuídos sem tensão. Assim, Simon não precisou usar o ‘aprendizado sujo’. Na reta final de preparação antes da Copa, o auxiliar Altemir Hausmann havia admitido que o trio brasileiro estava estudando palavrões em inglês para facilitar a comunicação na partida entre Inglaterra e EUA, e entender eventuais xingamentos entre os atletas ou direcionados à arbitragem.

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