Seleção busca explicações para sustos na Tanzânia e vê outra postura na Copa

Dois dias depois da goleada por 5 a 1 sobre a Tanzânia, no último teste antes da Copa, a seleção brasileira ainda lida com as inúmeras falhas mostradas diante do fraco adversário, principalmente do meio-campo para trás. Os jogadores admitem que faltou concentração e alertam: os erros não podem se repetir no Mundial.

“Temos mais uns dias até a estreia e nesse tempo faremos os ajustes finais para que os erros que cometemos não voltem a acontecer. Foi uma partida atípica em relação ao que vínhamos jogando. Não podemos errar tanto”, assumiu Gilberto Silva, o mais experiente dos 23 convocados.

A principal deficiência da seleção diante da Tanzânia, apenas na 110ª posição do ranking da Fifa, aconteceu no setor defensivo. O lado esquerdo sofreu para segurar os rápidos ataques dos africanos. Michel Bastos foi quem encontrou mais dificuldades. A saída de bola também foi repleta de erros.

Os jogadores tentam não demonstrar tanta preocupação, mas o sinal de alerta foi aceso. Eles se defendem alegando que, quando a Copa começar, a postura da equipe será diferente. Tal mudança evitará alguns dos problemas do amistoso, argumentam.

“É sempre diferente um jogo de Copa de um amistoso. Cometemos alguns vacilos que não podem acontecer, mas na Copa a nossa atenção será muito maior. Teremos mais alguns dias de treino e o Dunga vai ajustar tudo. Não são problemas grandes, no próprio treino dá para
resolver”, opinou Gomes, que teve bastante trabalho diante dos tanzanianos.

Na busca por explicações, Gilberto Silva ainda afirmou que o adversário africano pôde atuar sem grandes preocupações. “A Tanzânia foi um franco atirador, jogou sem responsabilidade. Para eles, o que viesse era lucro. Já o nosso time relaxou um pouco e acabou perdendo a concentração”, resumiu o volante.

A seleção tem até a próxima segunda-feira para corrigir seus erros. A estreia na Copa será na terça, diante da Coreia do Norte, no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.
 

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