Os três treinos com bola da seleção brasileira na África do Sul deixaram uma coisa clara: intensidade não faltará na preparação para a Copa do Mundo. Nas três atividades realizadas no campo da Hoerskool, em Johanesburgo, o time de Dunga completou 360 minutos de esforço, o equivalente a quatro jogos completos. Se havia preocupação por boa parte do grupo estar em fim de temporada, o ritmo de treinos mostra que, no momento, a preocupação é trabalhar forte.
Luís Fabiano e Kaká participam de treino físico e técnico no campo usado em Johanesburgo
Dunga dá instruções a Elano e Robinho antes de fazer o primeiro coletivo para a Copa do Mundo
Dunga e sua comissão fizeram os 23 jogadores suar, e muito, até agora. Em treino físico, técnico ou tático, não houve moleza. A exigência foi de pré-temporada.
Quando perguntado se a orientação era para os atletas adotarem cautela nos treinamentos, Luís Fabiano resumiu o teor das conversas. “Muito pelo contrário. O Dunga está pedindo para a gente treinar forte e se dedicar. Será uma competição muito dura que vai exigir muito dos jogadores.”
O atacante, inclusive, apresentou-se à seleção recuperando-se de lesão muscular na coxa esquerda, assim como Kaká. Ambos iniciaram o tratamento ainda em São Paulo, com o fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan, continuaram assim em Curitiba e ainda fazem trabalho específico de fisioterapia.
Tudo para que possam se doar como Dunga almeja quando a bola rola nos treinamentos. O preparador físico Paulo Paixão é o responsável por cobrar os jogadores nos exercícios sem bola. Raras exceções são abertas, como aconteceu com o goleiro Julio Cesar. No sábado ele fez uma atividade a menos que Gomes e Doni, e um dia depois não participou integralmente dos 46 minutos de coletivo. Reclamou que a perna “estava pesada”.
O treinamento mais forte começou na sexta-feira. A primeira atividade no campo na África do Sul durou duas horas. Boa parte foi com bola. Começou com uma roda de “bobinho”, seguiu para rodas menores com maior movimentação e terminou com um duelo pegado, em um quarto do campo, com os jogadores divididos em dois grupos que se enfrentaram. Teve carrinho e disputas mais fortes.
No sábado, mais duas horas de treino. Após atividade física puxada, os jogadores foram separados por posições em um grande circuito. Cada função tinha uma sequência a cumprir com a bola. Os meio-campistas foram os mais exigidos: lançavam para os zagueiros, tabelavam com os laterais e depois finalizavam da entrada da área. Por fim, davam piques curtos até o centro do gramado.
O terceiro dia de treinos na Hoerskool terminou com 46 minutos de coletivo, o primeiro desde o início da preparação. Titulares de um lado, reservas de outro. Novamente houve carrinhos, algumas faltas e saídas em contra-ataque. Antes, foram 20 minutos mesclando exercícios com e sem bola. Depois, treino de bola parada e alongamento dentro do ginásio.
Depois de trabalhos em dois turnos nos cinco dias completos de treino em Curitiba, a seleção encarou 360 minutos em rendimento elevado nos três dias de Johanesburgo. O departamento médico segue sem problemas. Dunga e a preparação física seguem cobrando. E os jogadores tentam corresponder para não ficar pelo caminho, agora a 16 dias da estreia na Copa contra a Coreia do Norte, no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.
Jogos, resultados, preparação das equipes e muito mais.
Fique por dentro das notícias mais importantes do dia direto da África do Sul
Você receberá em média 30 mensagens por mês, sendo uma por dia.
Para Assinar
Envie uma mensagem com o texto VW para 30131.
Para Cancelar
Envie uma mensagem com o texto SAIR para 30131.
Importante: Todo o processo de assinatura e o recebimento de mensagens será gratuito