Bruno Freitas/UOL Esporte

Felipe Andreoli, repórter do CQC, participa de coletiva da seleção brasileira

30/05/2010 - 09h22

Sem veto oficial, seleção volta a receber humoristas de TV em sua rotina

Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Johanesburgo (África do Sul)

Depois de um ensaio de que a presença de humoristas seria vetada no ambiente de seleção brasileira na Copa do Mundo, em razão de um incidente com Dunga em Porto Alegre, uma equipe do CQC se fez presente neste domingo na entrevista coletiva de Luís Fabiano e Júlio Baptista, abrindo a cobertura do programa da TV Bandeirantes na África do Sul.

Repórter destacado para acompanhar a seleção durante a Copa, Felipe Andreoli disse que o incidente recente na frente da casa de Dunga com uma equipe do Legendários (TV Record) comprometeu uma relação já estabelecida entre os programas humorísticos e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

“A gente vem seguindo a seleção desde o começo das eliminatórias, temos uma relação com os jogadores, já gravamos até na casa de alguns deles, como do próprio Júlio Baptista. Nunca existiu problema. Agora com esse problema do megafone na frente da casa do Dunga resultou neste tal veto. Mas a gente está credenciado, não tem como vetar nossa presença aqui”, disse Andreoli ao UOL Esporte.

HEXA PARA OFERECER AO AVÔ

  • AFP

    Luís Fabiano já sabe para quem irá dedicar a Copa do Mundo em caso de triunfo brasileiro: o avô Benedito, já falecido. "Gostaria de ganhar essa Copa para ele. Meu avô foi meu pai, meu ídolo e meu fã número 1 desde o começo. Ele andava com os recortes do jornal no bolso e gostaria muito de homenageá-lo".

    Na infância, o atacante da seleção chegou a trabalhar como mecânico a pedido do avô. Em poucos dias, porém, o avô foi alertado pelo dono da mecânica que Luís Fabiano só queria saber de futebol.

    "Em todas as minhas conquistas e vitórias penso no meu avô, e dedico tudo a ele", completou o artilheiro da era Dunga.

De acordo com o departamento de comunicação da CBF, a entidade não pode tomar nenhuma providência para evitar que os humoristas circulem nos ambientes oficiais de Copa, se os mesmos estiverem credenciados pela Fifa para o evento. No entanto, pedirá a eles que não prejudiquem o andamento de entrevistas.

“A gente tem este comprometimento com a CBF de não atrapalhar. A gente vem conversando com eles desde o Brasil. Esta não é a nossa linha. Nossa linha é de fazer perguntas sérias e emendar uma brincadeira no fim, como foi hoje”, argumenta o repórter do CQC.

Na entrevista coletiva deste domingo, o humorista fez uma pergunta mais convencional a Luís Fabiano e depois emendou uma brincadeira a respeito da folga de sábado do jogador, que foi flagrada tomando sorvete. Andreoli parodiou declarações do atacante na própria coletiva para questionar se o doce tinha sido consumido com “volúpia e ímpeto”. Na resposta, o camisa 9 da seleção se saiu bem, desconversando.

Em seguida, a reportagem do CQC circulou pela sala de conferência e buscou repórteres estrangeiros para gravar entrevistas descontraídas. Os representantes da mídia argentina foram os alvos preferidos.

Ao contrário dos últimos Mundiais, a Copa da África do Sul não contará com uma equipe do Casseta e Planeta (TV Globo), humorístico que seguiu a seleção por muitos anos, mas que teria sido desencorajado a viajar em razão dos atuais padrões de proteção ao elenco da gestão do técnico Dunga.

Em Curitiba, nos primeiros dias de preparação para a Copa, uma equipe do Legendários foi barrada no CT do Atlético-PR durante tentativa de pedir desculpas pela incidente em Porto Alegre. No caso anterior em questão, membros do programa usaram megafones para pedir a convocação de Neymar, na frente da casa do treinador da seleção.

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