Apatia da seleção no clássico contra a Argentina foi gota d'água na fritura de Mano
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Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

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    Técnico Mano Menezes deixa o gramado de La Bombonera acompanhado por policiais no intervalo do Superclássico das Américas

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A apatia apresentada pela seleção brasileira no jogo contra a Argentina foi a gota d´água na demissão do técnico Mano Menezes, segundo apurou o UOL Esporte. A interlocutores, o presidente da CBF, José Maria Marin, demonstrou irritação com a falta de vontade da equipe durante a partida e deu uma conclusão ao processo de fritura sofrido pelo treinador.

Sua contrariedade foi tão grande que ele deixou o estádio ainda antes da disputa de pênaltis entre os dois times, vencida pelo Brasil. Ainda no estádio, o principal cartola da confederação já tinha deixado claro, a interlocutores, que seria difícil a permanência do treinador. 

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Técnico Mano Menezes dá instruções ao Brasil durante o amistoso contra a Colômbia, nos Estados Unidos Imagem: Mowa Press

O diretor de seleções, Andres Sanchez, foi deixado de lado nesse processo de demissão. Sabia sobre o risco da queda do treinador por meio de outras pessoas, mas não participava das decisões da cúpula.

Acompanhava de longe uma boataria dentro da CBF que ocorria há duas semanas de que a demissão de Mano poderia acontecer a qualquer momento. Neste período, Marin não garantiu permanência do treinador na equipe em nenhum momento.

Ao final do último jogo da temporada, o presidente da confederação decidiu dar sua tacada final, juntamente com o vice Marco Polo Del Nero. Apenas para selar a decisão, convocou a reunião de sexta-feira na Federação Paulista de Futebol, entre ele, Del Nero e Andres. "Foi decidido hoje", afirmou o diretor de seleções, alijado do processo de definição do treinador.

Além da apatia, outro ponto que incomodou o presidente da CBF foi uma suposta postura defensiva do Brasil no Superclássico contra os argentinos. Sua opinião é que o treinador apenas botou o time para frente no segundo tempo, com a entrada de Bernard, após tomar o primeiro gol.

Todos esses elementos se somaram ao fato de que Marin nunca gostou do trabalho de Mano Menezes. O próprio treinador sabia disso. Tanto que demonstrou muito abatimento ao saber da demissão por Andres, mas não estava tão surpreso.

Afinal, desde a perda da medalha de ouro, a intenção do presidente da CBF já era derrubar o treinador. Andres, que ainda era ouvido na época, o convenceu a desistir da decisão. Desta vez, não houve voz que convencesse Marin a mudar de ideia.

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