CBF vai levar em conta Mundial de Clubes para decidir entre Tite e Felipão

Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • Jefferson Bernardes/UOL

    Técnico Tite, do Corinthians, é um dos mais cotados para assumir o lugar de Mano Menezes

    Técnico Tite, do Corinthians, é um dos mais cotados para assumir o lugar de Mano Menezes

A lista do presidente da CBF, José Maria Marin, para substituir Mano Menezes como técnico da seleção brasileira tem pelo menos quatro nomes. Mas dois deles aparecem como favoritos: Tite e Luiz Felipe Scolari, o Felipão. E o resultado do Corinthians no Mundial de Clubes vai pesar na decisão da cúpula da confederação sobre o novo treinador, segundo apurou o UOL Esporte.

O dirigente da CBF decidiu postergar para janeiro a escolha do novo comandante do time brasileiro justamente para esperar o que acontecerá como time alvinegro no Japão. Caso Tite retorne da Ásia com um título, passará a ser o favorito ao cargo de treinador da equipe nacional. A avaliação de Marin é de que o corintiano se tornará o candidato natural ao cargo, como explicaram interlocutores do cartola. E terá apoio popular.

Scolari também é um nome que agrada a Marin. Mas seus resultados ruins recentes, incluindo a participação no rebaixamento do Palmeiras, pesam contra ele. Seu trunfo é já ter uma passagem vitoriosa pela seleção e portanto ser visto como alguém que pode resolver um time em pouco tempo.

Dois outros nomes são citados por interlocutores do presidente da CBF como possíveis candidatos ao cargo: Abel Braga, do Fluminense, e Muricy Ramalho, do Santos. Mas ambos aparecem com menos força do que Felipão e Tite.

No processo de escolha, Marin deixou claro que quer ouvir conselhos de boleiros. Ou seja, vai procurar principalmente ex-jogadores para ouvir opiniões sobre o substituto de Mano Menezes. O dirigente é ex-atleta e se vê como um cartola envolvido no mundo da bola com o qual se identifica.

Esse processo só começará a partir de segunda-feira. Nesta sexta-feira, o dirigente se retirou da Federação Paulista de Futebol e foi viajar para fora de São Paulo para descansar. Seu objetivo era ficar incomunicável durante este final de semana.

Quando retornar, além de ex-jogadores, o cartola da CBF também levará em conta a opinião pública. Desde que assumiu o cargo, ele disse que acompanha manifestações de torcedores e também de jornalistas. Para ele, o que é publicado ou falado em jornais, sites, rádio e televisão retrata o que o torcedor pensa sobre a seleção.

Dentro da confederação, o vice Marco Polo Del Nero é quem tem influência direta sobre a decisão do técnico. Foi ele e Marin que decidiram a queda do treinador na tarde desta sexta-feira, comunicada ao diretor de seleções, Andres Sanchez.

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