BNDES dobra linha de crédito e emprestará R$ 2 bilhões para ampliar hotéis para a Copa

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Rafael Andrade/Folhapress

    Hotel Glória, no Rio de Janeiro, tem reforma para a Copa do Mundo financiada pelo BNDES

    Hotel Glória, no Rio de Janeiro, tem reforma para a Copa do Mundo financiada pelo BNDES

O BNDES anunciou nesta quarta-feira que vai dobrar os recursos de sua linha de crédito destinada a apoiar a construção e reforma de hotéis para a Copa do Mundo de 2014. O orçamento do BNDES ProCopa Turismo, que já era de R$ 1 bilhão, terá mais um R$ 1 bilhão disponível para financiar a ampliação da rede hoteleira do país.

O prazo para que hotéis solicitem o empréstimo ao BNDES também foi estendido. O período de pedidos de financiamento iria acabar no final de dezembro. Agora, a rede hoteleira terá até o dia 30 de junho do ano que vem para procurar o crédito no banco.

Obras da Copa
Obras da Copa

Segundo o BNDES, a alteração da linha de crédito e no prazo para pedido de empréstimo foi feita devido a grande procura de empresas. O banco informou que a carteira de R$ 1 bilhão disponibilizada já não era suficiente para atender a todos os pedidos de crédito.

Até o momento, o banco aprovou empréstimos que chegam a R$ 347 milhões. Outros R$ 680,1 milhões já foram solicitados, mas estão em análise.

O anúncio do BNDES ocorre no mesmo dia em que membros a Fifa reconheceram uma preocupação com a falta de vagas em hotéis no Brasil. Após uma reunião em Zurique, na Suíça, o diretor de operações do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL), disse que navios poderiam ser a solução para a problema.

"A Match [empresa que organiza hospedagem oficial da Fifa] pode colocar navios no Rio. Estão procurando cuidar de nossos clientes [árbitros, pessoal técnico, imprensa]. Mas o COL não tem relação com hospedagem. Isso é questão do governo federal", afirmou Trade.

Até agora, a reforma ou construção de nove hotéis estão sendo financiadas por empréstimo concedidos pelo BNDES ProCopa Turismo: Íbis Copacabana (R$ 11,6 milhões); Íbis Botafogo (R$ 20,3 milhões); Hotel Sotero Salvador (R$ 15,1 milhões); Hotel Glória, no Rio (R$ 200 milhões); Íbis Natal (R$ 10 milhões); Hotel no Complexo Cidade do Romeiro, em Aparecida (R$ 32,5 milhões); Mar Hotel, Atlante Plaza e Summerville, em Pernambuco (R$ 32 milhões); Pestana Rio (R$ 9 milhões); e Tívoli Ecoresort, na Bahia (R$ 16,4 milhões).

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