Seleção aposta em marcação no ataque e faz goleiro Diego Alves virar espectador em treino

Bruno Freitas e Danilo Lavieri

Do UOL, em Cotia (SP)

  • Leonardo Soares/UOL

    Neymar será fundamental na marcação dos adversários desde a saída de bola

    Neymar será fundamental na marcação dos adversários desde a saída de bola

A tática não resultou no ouro na Olimpíada, mas levou a seleção até a final. Essa é a ideia de jogadores e da comissão técnica ao fazer os jogadores repetirem o esquema de marcação já no amistoso nesta sexta-feira, diante da África do Sul. Para compensar a escalação de quatro jogadores com características puramente ofensivas, Mano Menezes forçará seus atletas a marcarem pressão desde a saída de bola do adversário.

Já foi assim no primeiro treino de 11 contra 11 em Cotia, realizado na tarde da última quarta-feira. A bola era distribuída por Jefferson, e Neymar e Leandro Damião davam o primeiro combate, para, logo em seguida, Lucas e Oscar entrarem em ação. O resultado é que dificilmente a bola chegava a forçar David Luiz e Dedé a trabalharem, assim como o goleiro Diego Alves, que tocou na bola apenas para cobrir lançamentos de escanteio ou em jogadas já paralisadas por impedimento. Outro fator que ajudou também foi o fato dos reservas terem jogadores da base do São Paulo.


"Com certeza os torcedores já esperam por isso. A gente já vinha fazendo isso antes da Olimpíada e, durante, também jogamos com a marcação lá em cima. Apesar de algumas derrotas no meio do caminho, a gente vai repetir a fórmula, vamos buscar o resultado jogando à frente. No Morumbi não vai ser diferente e vamos buscar sempre o resultado", disse Oscar na coletiva de imprensa antes mesmo do treinamento realizado.

O sistema força a principal estrela da seleção, o atacante Neymar, a ter uma característica diferente da que tem no Santos. No time de Muricy Ramalho, o jogador marca, mas não é tão fundamental como será sob o comando de Mano Menezes.

O jogador admite que isso mudará um pouco as suas características e que, para isso, ainda falta um pouco de treino. "Há uma diferença entre jogar aqui (seleção) e no Santos por causa do entrosamento. Os jogadores já sabem como eu jogo no Santos, conhecem o meu posicionamento e sabem o que eu faço quando estamos sem a bola e quando a gente rouba para o contra-ataque. Mas, aqui, aos poucos, eles vão vendo como eu jogo e as coisas vão começar a funcionar. Daqui a pouco tudo, volta ao normal", disse ele.

Se repetir o time do treino para o amistoso de sexta-feira, Mano Menezes escalará o seguinte time para entrar em campo às 15h45 desta sexta-feira: Diego Alves; Adriano, Dedé, David Luiz e Marcelo; Ramires (Paulinho), Rômulo, Oscar e Lucas; Neymar e Leandro Damião. O titular da lateral direita, Daniel Alves, ainda é dúvida por causa de problemas na coxa esquerda.

Mais do que vencer, esse time tem a responsabilidade de convencer os brasileiros de que a seleção brasileira merece o apoio. Para reaproximar o time da torcida, inclusive, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) resolveu liberar 10 mil pessoas no Estádio do Morumbi no último treino do time antes do amistoso.

Neymar
Neymar

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