Espanha almeja melhor pontaria para fugir do rótulo de pior ataque campeão

A Espanha se destacou na Copa do Mundo por ter um futebol ofensivo, mantendo o estilo que lhe rendeu a Eurocopa de 2008 com o melhor ataque e uma campanha irretocável nas eliminatórias. Na África do Sul, porém, o aproveitamento ofensivo está abaixo do normal. O cenário incomoda os jogadores, que esperam mudar os números na final diante da Holanda, às 15h30 (de Brasília) deste domingo, no Soccer City.

Se vencer novamente por um placar magro, a Fúria pode se tornar a campeã com pior ataque da história das Copas. Atualmente, com sete gols em seis jogos, a média de gols da equipe é de 1,16 por jogo. O pior ataque campeão foi o do Brasil de 1994: 11 gols em sete partidas, média de 1,6.

“Todos podem ver que temos um futebol ofensivo e estamos jogando bem, criamos muitas chances de gol, mas realmente a porcentagem de aproveitamento está baixa. Veremos se amanhã [domingo] conseguimos um índice mais elevado”, projetou Xavi.

No mata-mata, a Espanha venceu todos seus compromissos pelo placar mínimo. Fez 1 a 0 sobre Portugal, Paraguai e Alemanha. Na fase de grupos, passou em branco na derrota por 1 a 0 para a Suíça e depois superou Honduras (2 a 0) e Chile (2 a 1). Desses sete gols, cinco foram marcados por David Villa, artilheiro da Copa empatado com o holandês Sneijder.

Segundo as estatísticas oficiais da Fifa, a Espanha é o time que mais finalizou neste Mundial, com 103 tentativas. O problema foi acertar o gol e passar pelo goleiro adversário.

Para o artilheiro Villa, mesmo que não consiga tantos gols, a Fúria deve repetir diante da Holanda o futebol mostrado na semifinal contra a Alemanha. Os espanhóis controlaram boa parte do jogo e foram pouco ameaçados. “Nós forçamos a Alemanha a ficar atrás. Se fizermos o mesmo, temos boas chances de sermos campeões.”
 

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