L'Équipe estampa palavrões usados por Anelka, e Domenech diz que episódio desencadeou a crise
O ex-técnico da França Raymond Domenech transferiu para a imprensa a responsabilidade pela revolta de seus jogadores durante a Copa do Mundo. A crise estourou depois que o jornal francês L’ Equipe noticiou a discussão de Anelka com o treinador, durante o intervalo do jogo contra o México – derrota dos europeus por 2 a 0.
Domenech, que deixou o cargo após a vexatória eliminação na primeira fase do Mundial, compareceu nesta quarta-feira à Assembleia Nacional francesa para uma audiência, a portas fechadas, com a Comissão dos Assuntos Culturais.
Ele afirmou que “a capa do L’ Equipe desencadeou tudo”, segundo escreveu em seu Twitter o deputado Lionel Tardy.
Anelka foi substituído no intervalo do duelo com os mexicanos e desferiu palavrões contra Domenech, segundo o jornal francês. No dia seguinte, o atacante do Chelsea admitiu a discussão, mas negou os xingamentos.
Durante o seu depoimento na Assembleia, Domenech foi questionado sobre o fato de não ter cumprimentado Carlos Alberto Parreira após a derrota por 2 a 1 para a África do Sul, no fechamento do Grupo A. O treinador alegou que a postura foi uma resposta a supostas declarações do brasileiro sobre a polêmica classificação dos ‘Bleus’ à Copa, com um gol de Gallas após um toque de mão de Thierry Henry, contra a Irlanda.
Minutos após o episódio, Parreira criticou o colega de profissão. “Praticamente não teve diálogo nenhum. Por educação e gentileza, fui cumprimentá-lo. Nós trabalhamos no futebol, trabalhamos sob pressão e eu sabia que ele não era mais o técnico francês. Mas ele se recusou. Disse alguma coisa, mas não entendi. Ele fala em um inglês muito imperfeito. Disse que eu teria ofendido a equipe dele. Mas eu não me lembro de ter dito nada. Em nenhum momento me referi à França com palavras agressivas. Sempre com elogios”, explicou o tetracampeão pelo Brasil em 1994.
Também esteve diante da Comissão de Assuntos Culturais o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Jean Pierre-Escalettes, que pediu demissão na última segunda-feira.
Segundo o deputado Tardy, o cartola afirmou que nunca tinha visto uma situação como aquela, em referência ao motim dos atletas franceses na Copa de 2010, durante os 50 anos que trabalha no mundo do futebol.
Na saída da audiência, os deputados manifestaram que o depoimento foi “um pouco triste” e não ajudou a esclarecer nada do que ocorreu com os ‘Bleus’ na África.
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