Muitos policiais e poucos torcedores marcam volta para casa da França

A polícia francesa organizou um forte esquema de segurança nesta quinta-feira para garantir a chegada dos jogadores da seleção francesa no aeroporto de Bourget, ao norte de Paris. Entretanto, poucos torcedores foram recepcionar os atletas, que deixaram a África do Sul após uma campanha fracassada na Copa do Mundo.

Segundo informação da agência de notícias AFP, dez veículos da polícia francesa foram ao aeroporto acompanhar o desembarque da delegação que defendeu o país no Mundial. Cerca de vinte jornalistas também esperavam a chegada do avião.

Sem Florent Malouda, os Bleus deixaram Johanesburgo na tarde desta quarta-feira, após uma eliminação precoce da Copa. A volta da equipe não mudou a rotina do aeroporto, que recebeu poucos torcedores para apoiar ou criticar o desempenho de sua seleção no torneio.

No plano político, no entanto, a situação é mais agitada. Nicolas Sarkozy exigiu responsabilidades pelo “desastre” protagonizado pela seleção francesa na Copa. O presidente do país ordenou às autoridades para que os jogadores não recebam prêmios pela participação no Mundial e anunciou um projeto de renovação do futebol local.

A saída do presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Jean Pierre Escalettes, pode ser definida em breve. A ministra de Esportes do país, Roselyne Bachelot, declarou que a mudança na entidade é “inevitável”, em entrevista à rádio RTL. “Não desejava a saída de Escalettes, mas hoje isso é algo inevitável”, comentou.

Nesta quinta-feira, Sarkozy conversará com Thierry Henry. O próprio atacante, que pouco jogou na Copa-2010 por opção do técnico Raymond Domenech, solicitou o encontro com o presidente.

Na terça-feira, a França perdeu por 2 a 1 para a África do Sul e foi eliminada ainda na primeira fase da Copa do Mundo. Com duas derrotas e um empate sem gols, a equipe ficou em último lugar no grupo A, com apenas um ponto ganho. Fora de campo, a participação francesa ficou marcada por uma série de polêmicas, discussões e uma grave crise interna.

* Atualizada às 7h59

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