![]() Torcedores sul-africanos vibram antes de partida contra o Uruguai em Pretória |
Torcedor agita bandeira sul-africana durante partida
Torcida começou a ir embora antes do fim do jogo
No dia em que a África do Sul relembrou a morte do estudante Hector Pieterson, vítima de um confronto com a polícia em manifestação contra o apartheid, brancos e negros sul-africanos sofreram juntos nas arquibancadas do estádio Loftus Versfeld, em Pretória. Mais de 40 mil pessoas gritaram, “vuvuzelaram” e, no fim, saíram frustradas com a derrota por 3 a 0 para o Uruguai.
No entanto, o que se viu foi uma integração improvável há 34 anos, quando o corpo de Pieterson era carregado por outro garoto em cena que se tornou símbolo da luta contra a segregação racial. Os Bafana Bafana concentraram a euforia dos sul-africanos por receber a Copa do Mundo.
Nesta quarta-feira, a euforia aos poucos foi substituída por apreensão, sofrimento e decepção. Os sul-africanos chegaram esbanjando otimismo ao estádio, mas o gol do uruguaio Diego Forlán aos 24min do primeiro tempo mostrou que a noite, dentro de campo, seria de pouca alegria.
A África do Sul pouco ameaçou o gol uruguaio. Talvez por isso, a cada bola na intermediária a torcida começava a gritar. A cada bola na lateral ofensiva, muitos se levantavam, animados. Quando o lance era na entrada da área, então, gritaria nas arquibancadas.
E a gritaria vinha de homens e mulheres, brancos e negros. Sem distinção, como presenciou a reportagem do UOL Esporte a cerca de 15 metros do gramado. Todos se uniam também nas “ordens” dadas aos jogadores. “Defesa, defesa!”, gritavam. “Rápido, rápido”, entoavam outros. “Agora chuta!”, desesperavam-se alguns quando a África do Sul mal havia ultrapassado a linha do meio-campo.
“Apesar da derrota, a partida ainda mostrou que os sul-africanos não dependem apenas das vuvuzelas para torcer. A multidão acompanhou a partida cantando, gritando, vaiando e, sobretudo, apoiando os Bafana Bafana o tempo todo.
Num dos momentos mais bonitos, uma parte do estádio cantou a famosa “Shosholoza”, espécie de hino informal de seleções esportivas da África do Sul, que incentiva os atletas à vitória. Chamou a atenção ver os torcedores com as suas vuvuzelas na mão, mas sem fazer barulho, apenas dando ritmo para a canção, incrementando a coreografia.
Os sul-africanos só se revoltaram com o árbitro suíço Massimo Busacca e o atacante Diego Forlán, autor de dois gols. “Odeio esse cara”, bradou uma senhora de pé em sua cadeira quando o placar mostrou o uruguaio. “O grande problema de hoje foi esse juiz, que veio até aqui estragar nossa festa”, completou o senhor ao lado.
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