16/06/2010 - 18h04

Parreira encara frustração, tenta recuperar ânimo nacional e detona árbitro

Alexandre Sinato e Maurício Stycer
Em Pretoria (África do Sul)

Carlos Alberto Parreira tem uma missão bastante difícil nos próximos dias. Classificar a África do Sul às oitavas de final da Copa do Mundo se tornou uma tarefa ainda mais complicada do que já era, mas mais do que isso ele precisará recuperar a confiança de seus jogadores e de todo o país para a última rodada. Abatido, o treinador mesmo tenta se livrar da onda de pessimismo que tomou conta do estádio Loftus Versfeld após a derrota por 3 a 0 para o Uruguai.

“A frustração do time é grande, a tristeza é enorme. Poderíamos pelo menos ter empatado o jogo, embora não tenhamos feito o suficiente. O que me deixa mais triste é o 3 a 0, que não corresponde ao que foi a partida. Mas não podemos desanimar. Temos que acreditar até o final”, disse Parreira, pouco convincente.

Único treinador a participar de seis Copas do Mundo, o brasileiro sabe bem que o sentimento da África do Sul é de decepção. Os Bafana Bafana possuem apenas um ponto após dois jogos e torcem por um empate entre França e México (ambos com um ponto) nesta quinta para sonhar com a vaga precisando “só” superar os franceses na última rodada.

Parreira buscou palavras para começar desde esta noite a recuperar o ânimo do time e da torcida. Mas foi difícil argumentar. O jeito foi apostar na esperança.

Ele foi o artilheiro do jogo. Sempre soube que ele é um jogador que faz a diferença, e hoje não foi diferente

Parreira, sobre Diego Forlán

“Acredito que as pessoas virão nos apoiar, eles viram a performance do time desde o ano passado. Claro que se não formos para a próxima fase todos ficarão desapontados, mas enfrentamos um grupo difícil, com dois campeões. Não precisamos ter vergonha se não classificarmos, já provamos muito desde 2009”, declarou.

O treinador brasileiro só conseguiu mostrar um tom de voz mais firme quando o assunto foi arbitragem. O suíço Massimo Bussaca tirou Parreira do sério com a marcação do pênalti que culminou no segundo gol, além de, segundo ele, “inverter faltas desde o começo da partida”.

“O juiz deu cartões que não eram cartões, expulsou nosso goleiro quando estávamos melhorando na partida e deixou todos muito irritados. Espero não ver a cara dele em mais nenhum jogo, provavelmente ele não merece estar aqui”, disparou o treinador.

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