Puyol

Versatilidade é a palavra que define Carles Puyol. O jogador, que tem toda a carreira de profissional atrelada ao Barcelona, deu seus primeiros passos como lateral-direito, mas já atuou como zagueiro central e volante. Em outubro de 1999, ele fez sua estreia no time principal catalão. Aos poucos, foi conquistando a confiança do técnico holandês Louis Van Gaal e virou referência na direita blaugrana.

Sua primeira experiência na seleção espanhola foi nas Olimpíadas de Sydney-2000. Titular do time comandado pelo técnico Iñaki Saez, Puyol foi um dos destaques na conquista da medalha de prata - Camarões venceu a final na decisão por pênaltis e levou o ouro. A atuação despertou o interesse de Jose Antonio Camacho, que convocou o jogador para defender a Furia em novembro do mesmo ano.

Após se consolidar na seleção espanhola, Puyol foi titular nas Copas de 2002 e 2006. Nesta última, o zagueiro fazia uma participação segura até levar um drible desconcertante de Zidane no lance do terceiro gol da França na eliminação nas oitavas de final. O jogador fez parte também da campanha na Eurocopa-2004 na precoce eliminação na primeira fase. A volta por cima aconteceu quatro anos mais tarde, ao ser um dos pilares do segundo título espanhol no torneio.

Por sua entrega em campo e identificação com o clube, foi um dos poucos jogadores poupados pela torcida do Barcelona durante o jejum de títulos no início do século. Seu primeiro título só veio no Campeonato Espanhol de 2004/2005, quando recebeu de outro treinador holandês, Frank Rijkaard, a braçadeira de capitão. Puyol recebeu ofertas milionárias, inclusive, do rival Real Madrid, mas optou por seguir com os blaugranas. E no time catalão conquistou mais títulos nacionais, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes.

Em 2010, o jogador se tornou campeão mundial com a Espanha, na África do Sul. Os espanhóis nunca haviam chegado a uma final e conquistaram o título sobre a Holanda com um gol de Iniesta, na prorrogação.