Júlio Baptista

Júlio Baptista aliou nos últimos anos as suas já famosa força física, raça e chutes potentes a um jogo mais técnico e também de marcação, e assim se firmou como um dos preferidos de Dunga nas convocações. No entanto, o meia-atacante natural de São Paulo vem sendo reserva na equipe da Roma.

Porém, nem mesmo seu pouco aproveitamento neste ano parece abalar a convicção de Dunga. Afinal, pela seleção brasileira comandada pelo treinado gaúcho, Júlio Baptista apresentou bom futebol em quase todas as oportunidades que teve, principalmente na final da Copa América de 2007, quando o Brasil venceu a Argentina por 3 a 0 - Júlio Baptista marcou o primeiro e foi decisivo em diversas outras jogadas, o que aumentou sua estima na comissão técnica verde-amarela.

Já sua carreira em clubes alternou diversos altos e baixos. Começou pelo São Paulo, na geração de jovens que também promoveu Kaká ao nível profissional. No tricolor do Morumbi suscitou admiração e incompreensão por parte da torcida, que o julgou inábil por algumas vezes, apesar de o jogador já ter começado a mostrar o seu estilo vigoroso em campo, que lhe faria ainda mais fama no Sevilla, clube para o qual se transferiu em 2003.

No clube do sul da Espanha, teve uma das melhores fases de sua carreira. Apelidado de “A Besta”, foi promovido definitivamente à posição de meia-atacante (no São Paulo jogava mais recuado) e não desperdiçou a chance: em 62 apresentações pelo clube, marcou 39 gols.

Do Sevilla, se transferiu ao Real Madrid, onde já não teve o mesmo rendimento, muito por conta de os treinadores merengues o deslocarem para a lateral-esquerda. Sua queda de rendimento na equipe da capital espanhola o fez perder uma possível vaga na Copa de 2006 na seleção brasileira, com quem havia estreado ainda em 2001 e jogado a Copa das Confederações de 2005.

Foi emprestado ao Arsenal na temporada 2006-2007, mas também teve uma passagem discreta pelo clube inglês, exceto numa partida contra o Liverpool, pela Copa da Inglaterra, na qual marcou quatro gols, em plena casa do adversário. Foi nesta época que passou a ganhar a confiança de Dunga, ao ser convocado para a campanha vitoriosa da Copa América.

Voltou ao Real Madrid para mais uma temporada em 2007-2008, sem muito sucesso, o que forçou sua partida para a Roma em meados de 2008. Em sua primeira temporada no futebol italiano, foi titular na maior parte dos encontros. Foram nove gols em 27 jogos. Depois, perdeu espaço e foi para a reserva.

Em 2010, o atleta defendeu o Brasil durante a Copa do Mundo da África do Sul, com a responsabilidade de ser o reserva imediato de Kaká. No entanto, não teve muitas chances e o time foi eliminado nas quartas de final contra a Holanda, com uma derrota de 2 a 1.