Breitner

O lateral sincero

Paul Breitner nunca poupou suas palavras. Dava declarações polêmicas com a mesma força com que batia faltas com o seu pé esquerdo.

Por causa de sua língua potente, Breitner ficou sete anos (de 1974 a 1981) afastado da seleção alemã por ter chamado o auxiliar técnico Jupp Derwal de "idiota", o técnico Helmut Schöen de "senil" e os seus companheiros de "burros".

Fora as polêmicas, Breitner tinha um ótimo toque de bola e fazia muitos gols de fora da área. Jogava na lateral-esquerda e marcou 10 gols em 48 jogos pela seleção.

Depois de jogar no Bayern de Munique, no grande time que tinha Beckenbauer, Rummenigge e Gerd Müller, foi transferido para o Real Madrid, onde jogou no meio-campo. Em 1980 e 1981, já de volta a seu antigo clube, foi considerado o melhor jogador da Alemanha.

E foi em 1981 que o mesmo Jupp Derwal pediu pessoalmente para Breitner retornar à seleção, depois que seu país fez feio no Mundialito do Uruguai. O craque aceitou e, junto com Rummenigge, comandou a Alemanha no vice-campeonato mundial, em 1982, na Espanha. Logo depois, com 31 anos, decidiu encerrar sua carreira.

No entanto, Breitner nunca descansou da polêmica. Foi acusado pelo ex-goleiro Schumacher, em um livro, de se "embriagar", e entrou em movimentos políticos de esquerda.

Em 2000, foi um dos principais líderes da campanha para remover o técnico Erich Ribbeck do comando técnico da Alemanha. Como comentarista de televisão, seus adjetivos preferidos para se referir ao técnico eram "imbecil" e "idiota".