Para Felipão, resultado não é de todo ruim: "Não íamos à semi desde 2002"

Do UOL, em São Paulo

O vexame de 7 a 1 para a Alemanha e a eliminação na semifinal da Copa do Mundo dentro de casa não é de todo ruim. Essa é a opinião de Luiz Felipe Scolari, que preferiu dar destaque ao fato da seleção ter chegado a uma semifinal de Mundial pela primeira vez desde 2002, quando o próprio técnico foi pentacampeão.

Em 2006 e em 2010, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final. Primeiro, para a França e, depois, para a Holanda. 

"Nós trabalhos com otimismo. Temos dados estatísticos que provam que depois dos jogos das Confederações tivemos nove vitórias e uma derrota, tínhamos uma equipe preparada, com sistema de jogo e tínhamos que desenvolver a confiança e isso foi desenvolvido pelos resultados. Não esperávamos o resultado de ontem (terça-feira), pelo resultado catastrófico. O normal era vitória nossa ou deles. São duas grandes equipes. Pelo resultado ser por um número de gols, ficará para a história", começou ele em explicação nesta quarta-feira, em coletiva na Granja Comary.

"Não esqueça vocês que o Brasil depois de 2002 foi a primeira vez que chegou à semifinal. Não foi de todo ruim, tivemos derrota ruim, tivemos seis minutos que deu pane geral. Isso não é o que imaginávamos. Vamos trabalhar para montar o time do jogo de sábado que passa a ser importante e um outro sonho".

Apesar de tentar exaltar o aspecto positivo de seu trabalho, ele reconhece a marca negativa que ficará na história da seleção brasileira e também na carreira dos jogadores. Por isso, ele fez questão de agradecer aos torcedores pelo apoio nos lugares em que passaram.

"Eu sei o que aconteceu. Eu sei o que é a mancha, eu sei o que é a vergonha. Eu sinto e isso não vai sair de mim. Eu vou seguir minha vida e os jogadores a deles. Continuam vencedores e a vida tem outro objetivo e o nosso é ser terceiro lugar. Eu tenho que agradecer ao meu grupo, aos meus jogadores. Com todas essas dificuldades, nós estamos assim. Se formos avaliar por números, estamos no caminho e perdemos um jogo. Foi um jogo feio, perdemos. Se fosse por 1 a 0, não seria catástrofe. Mas foi uma catástrofe e acabou", disse ele.

"É bonito de ver a população. Eu sei que hoje misturam-se os sentimentos. O carinho que temos recebido foi espetacular. E o que Brasil passou pelo país, foi maravilhoso. Se o resultado de ontem, se tivéssemos perdidos de 1 e não de 7, poderíamos estar falando que foi bom".

Na entrevista, Felipão foi acompanhado de vários membros da comissão técnica. Carlos Pracidelli, preparador de goleiros, Paulo Paixão, preparador físico, e Carlos Alberto Parreira, auxiliar, estavam na mesa. Este último também tentou dar explicações para o revés sofrido no Estádio do Mineirão.

Ele explicou que a Alemanha estava trabalhando há mais tempo do que o Brasil. "Se seleção da Alemanha é tricampeão e está há oito anos trabalhando junto. Foi doída a derrota como acontece. Não houve reversão de expetativa. A nossa expectativa para a Copa do Mundo era a de ganha-la, de reescrever a história. Todos queríamos ser campeão do mundo".

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