Seleção testa novo status de ídolo de Hulk em desafio contra temida retranca da China

Bruno Freitas e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Recife (PE)

  • Leonardo Soares/UOL

    Hulk saiu do banco de reservas para marcar o gol da vitória do Brasil sobre a África do Sul

    Hulk saiu do banco de reservas para marcar o gol da vitória do Brasil sobre a África do Sul

Depois da sofrida vitória sobre a África do Sul há três dias em São Paulo, a seleção volta a campo às 22h desta segunda-feira para enfrentar a China, número 78 do ranking da Fifa e dona de um sistema defensivo exaltado pelos adversários brasileiros. Para o amistoso no Arruda, o técnico Mano Menezes aposta na entrada de Hulk no ataque, um dos três nordestinos do grupo e o jogador mais exaltado pela torcida na estada em Recife.

Hulk entrou na partida contra a África do Sul no Morumbi em um momento de dificuldade da equipe, quando a seleção era duramente criticada pela torcida e encontrava dificuldades para furar a marcação de frente da área dos rivais. No treino de domingo, o jogador de 40 milhões de euros [recentemente negociado do Porto ao Zenit] fez boas jogadas pelos lados do campo e garantiu a vitória com um chute forte de esquerda.

No último domingo Hulk treinou na formação titular na vaga que pertencia a Leandro Damião. O atacante paraibano ocupou o lado direito do ataque, com Neymar centralizado e Lucas mais deslocado pela direita.

"Espero novamente uma equipe bastante defensiva da China, e temos de achar uma solução para isso. E aumentar a movimentação da última linha. Essa é a formação que vamos ter", afirmou Mano Menezes na véspera da partida, a respeito da projeção do embate entre seu ataque e a linha de zaga asiática.

Na prática aberta ao público no domingo [cerca de 18 mil pessoas], o atacante do Zenit foi o mais celebrado pelas arquibancadas, inclusive mais do que Neymar. Hulk fez sua carreira no exterior, entre Japão e Portugal, e admitiu nos últimos dias o desejo de se firmar como um ídolo em seu país.  

Mesmo com a confiança em Hulk, os jogadores da seleção exageraram nos últimos dias nos elogios ao poder de proteção defensiva da China. Esta imagem foi basicamente construída graças à derrota para a superpoderosa Espanha em junho em Sevilha, no último teste da seleção de Xavi e Iniesta antes da Eurocopa [espanhóis venceram com dificuldade, por apenas 1 a 0, com gol de David Silva aos 39min do segundo tempo].

Na última semana a China voltou a complicar a vida de um adversário favorito, com a derrota por 1 a 0 para a Suécia na casa dos adversários, novamente com meta vazada apenas no segundo tempo.

"Só não posso falar a escalação, porque não consigo, mas a China vem fazendo bons jogos, muito duros, contra adversários de ponta. Joga com duas linhas de quatro. Isso para o Brasil dá arrepio. Trabalha em velocidade, como é a caracteristica dos seus jogaodres. Vai jogar com um atacante mais definido entre os zagueiros, vai jogar com um meia de variação tática", declarou Mano na projeção tática do amistoso desta segunda.

Hulk, atacante brasileiro
Hulk, atacante brasileiro

Respeitada pelo Brasil, a China chega ao amistoso em Recife com dificuldades de grupo. O técnico José Antonio Camacho encara difícil tarefa para escalar sua equipe. O espanhol havia convocado 24 jogadores para os amistosos com Suécia e Brasil, mas cinco atletas se machucaram antes do embarque e não puderam ser substituídos por problemas de visto.

Além disso, como chamou sete jogadores do Guangzhou Evergrande em nome de uma base, Camacho se comprometeu a permitir o retorno de dois deles após a primeira partida. Por essa razão, Sun Xiang e Zheng Zhi voltaram à China após a derrota para os suecos.

BRASIL x CHINA

Data:10/09/2012 (segunda-feira)

Horário:22h (de Brasília)

Local: estádio do Arruda, em Recife
Árbitro: Roberto Silveira (URU)
Auxilires: Miguel Ángel Nievas e Nicolás Taran (URU)

Brasil

Diego Alves; Daniel Alves, Dedé, David Luiz, Marcelo; Rômulo, Ramires, Oscar, Lucas; Neymar e Hulk

Técnico: Mano Menezes

China

Wang Dalei; Zhao Peng, Liu Jianye, Yu Yang, Tang Miao; Zhao Xuri, Hao Junmin, Lu Peng, Han Chao; Gao Lin e Zhu Ting

Técnico: José Antonio Camacho

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