Após trágico acidente, goleiro italiano usa titularidade para reencontrar motivação

O goleiro Federico Marchetti terá a grande chance de sua carreira ao substituir o consagrado Gianluigi Buffon contra a Nova Zelândia. Para ele, mais que representar seu país, a oportunidade representa o recomeço e o agradecimento para quem viveu um trágico acidente e passou perto da morte.

Cinco anos atrás, Marchetti e dois amigos do Pro Vercelli, da quarta divisão italiana, sofreram um grande acidente de carro, mas apenas ele sobreviveu. Ele disse que havia tido um aviso quando outros dois amigos morreram em um acidente e um terceiro sofreu outra fatalidade.

Como sinal de agradecimento, ele tem uma tatuagem da Ave Maria e disse que iria aproveitar sua chance quando pudesse brilhar para seu país.

Ao falar pela primeira vez na África do Sul com os jornalistas, o goleiro relembrou o acidente. “Após ver a morte tão de perto algo muda dentro de você. É difícil explicar, é uma experiência muito ruim que carrego dentro de mim. Isso será sempre parte do que eu sou”, disse.

Marchetti atuava na terceira divisão quando a Itália foi campeã do mundo quatro anos atrás e será titular na partida contra a Nova Zelândia pelo grupo F, após o titular Buffon sofrer com uma lesão nas costas durante o empate por 1 a 1 com o Paraguai.

O goleiro de 27 anos substituiu Buffon na partida, mas teve pouco a fazer. Agora ele espera aproveitar a chance diante da Nova Zelândia, domingo, em Nelspruit. No último jogo da primeira fase contra a Eslováquia, ele deve ser novamente titular, já que ainda há dúvidas se Buffon poderá voltar antes do fim do Mundial.

Marchetti usa a experiência pessoal como aprendizado para o novo desafio. "Eu soube antes do intervalo que entraria no jogo e tive tempo para me preparar mentalmente. Eu fico tranqüilo e eu estou convencido de minha própria capacidade. Tudo muda de um dia para o outro, mas eu sempre mantive a fé."

Nesse momento importante, ele tem o apoio de Buffon, que o aconselhou a como ficar tranqüilo no gol. Marchetti, que disse ter um temperamento mais explosivo que o bnúmero 1, admite a responsabilidade em uma partida da Copa do Mundo em que um erro é fatal.

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