Seleção tenta diminuir pressão e fala até em 'surpreender' na Copa

Muitas das 32 seleções presentes na Copa do Mundo da África do Sul colocam o Brasil como um favorito ao título. A imprensa internacional segue a mesma linha. Até críticos ao trabalho de Dunga veem no time pentacampeão grandes chances de vitória. Mas a própria seleção brasileira discorda, pelo menos publicamente.

Nos últimos dias, alguns jogadores se esforçaram para tentar diminuir a pressão sobre o time. Relutam em assumir qualquer teor de favoritismo. Fazem tudo para que a expectativa seja maior sobre outras grandes seleções.

Nesta sexta-feira, Juan e Luís Fabiano usaram até o termo “surpreender” quando perguntados sobre as chances do Brasil e a perspectiva de trajetória na África do Sul.

“Outras seleções é que são apontadas como favoritas. Nossa expectativa é que a seleção possa surpreender e fazer uma grande Copa, chegando à final”, disse o zagueiro. “O Brasil é um jato que está voando baixo. Com certeza vai surpreender muita gente”, emendou Luís Fabiano.

Uma das explicações para tal postura ainda é o trauma de 2006. O time que gerou grande expectativa com o “quadrado mágico” formado por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo caiu nas quartas de final na Alemanha, perdendo por 1 a 0 para a França.

Presente naquela eliminação, Juan se mostra calejado. “Nossa confiança é sempre grande, mas na história sempre que o Brasil foi muito favorito as coisas não deram certo. Em 2006 a seleção era muito favorita, até pelo momento que cada jogador de ataque vivia”, justificou.

Luís Fabiano, por sua vez, tentou direcionar o favoritismo a outro forte candidato ao título. “A Espanha é a grande favorita. Está jogando muito bem, tem muita confiança e é um time muito feliz”, apontou o atacante do espanhol Sevilla.

Na última quinta-feira, Elano havia discursado no mesmo tom que os companheiros. “Logicamente que por tudo que ganhamos nos últimos três anos as pessoas criaram um certo favoritismo, mas isso não parte do nosso grupo. Para mim, Argentina, Inglaterra e Espanha são seleções fortíssimas.”
 

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