Assim que assumiu a seleção brasileira, Dunga disse que uma de suas principais missões era evitar erros do passado. Esse discurso era um recado direto ao que aconteceu durante a preparação do time para a Copa de 2006, quando um verdadeiro circo se armou na cidade suíça de Weggis. Exatamente por isso, o trabalho para o Mundial de 2010 vem sendo mais fechado e restrito.
Mesmo assim, o treinador lamentou a ausência do “calor da torcida”, mas mantém sua posição após a “lição aprendida em Weggis”. Um alento para os torcedores sul-africanos acontece nesta quinta-feira, quando a equipe brasileira fará seu primeiro trabalho aberto em um estádio em Soweto, bairro de Johanesburgo.
Confira abaixo os melhores momentos da entrevista de Dunga:
O técnico da seleção brasileira falou de treino aberto, lições do passado, laterais, entrosamento, se o time está definido e o que faz no tempo livre
Para mim e para todos os jogadores, seria ótimo os treinos aberto, com o calor do publico, a alegria do torcedor. Mas a experiência do passado mostra que não pode ser assim. Não posso cometer os mesmos erros, o que falaram de Weggis. Com isso, perdemos um pouco dessa alegria.
Queria que o torcedor estivesse sempre junto, mas a equipe tem de ter sua privacidade, pois o treino é o momento de ele criar algo novo, diferente. Se tiver muita gente olhando e comentando, ele não vai arriscar muito.
Bola parada é importante em qualquer campeonato, ainda mais com jogadores de qualidade nesse quesito. O Michel veio acrescentar nisso também. Temos três ou quatro cobradores, para cada tipo de necessidade, e todos estão tendo um bom aproveitamento.
Já o entrosamento vamos conseguindo com os treinos. Esses jogadores se conhecem, mas com a bola rolando é um pouco diferente. Com o tempo vão sabendo com quem tocar de lado, criar situações de profundidade, quando diminuir a velocidade.
Michel Bastos e Gilberto são jogadores que nasceram na lateral, jogaram lá por muito anos. Depois, na Europa, como são jogadores de qualidade, foram colocados mais à frente, para atuar na criação de suas equipes. Mas a readaptação não é difícil, pois estiveram na lateral muito tempo, alguns movimentos básico eles não esquecem.
Acho que em todos os setores temos de analisar os pontos positivos e negativos. Tudo tem de evoluir: a reposição da equipe, a velocidade na saída, ansiedade de chegar à frente, muito lançamento direto. Precisamos estar mais agrupados, segurar mais a bola para termos chance de chegar ao gol com mais velocidade
Se ele [Jerome Valcke, secretário geral da Fifa] jogar e testar a bola, vai ter opinião diferente. [O cartola afirmou que as críticas à bola oficial será desculpa para quem perder]. Ele não entrou em campo, não deu um chute, só sabe falar. Se ele jogar, vir num treino com todos vendo, aí pode falar. E não foi só o Brasil que reclamou, foram jogadores acostumados a atuar nos maiores torneios do mundo.
Desde que a seleção brasileira se apresentou, uma das maiores preocupações do técnico Dunga era com a condição física do meio-campista Kaká. Mas o técnico se mostrou seguro com a forma do jogador após os 45 minutos em que ele atuou no amistoso contra o Zimbábue, na última quarta-feira. O camisa 10 perdeu muitas partidas pelo Real Madrid por problemas físicos e chegou ao Brasil em fase final de recuperação de uma lesão muscular, mas não sentiu qualquer problema no primeiro tempo da vitória por 3 a 0. “Ele teve uma boa atuação, principalmente dentro do que vinha trabalhando” disse o técnico. |
Na minha cabeça tenho uma equipe, até porque, se não tivesse, o presidente [da CBF] me mandava embora. Às vezes o condicionamento físico de algum jogador pode fazer com que mude . Por isso, todos têm de estar prontos para entrar e tentar fazer a diferença em campo.
A tendência é perto do jogo diminuir um pouco a carga, mas imprimir mais velocidade. Nesse momento é mais quantidade com certa intensidade, mas depois será diminuir o trabalho e aumentar a velocidade, para chegar com energia na partida.
Tempo para falar com minha mulher e jogar na internet terei depois desses 40 dias. Quando temos folga, a comissão técnica se reúne, vai à academia. Coloquei todo mundo para malhar, até o chefe da delegação [Andrés Sanches, presidente do Corinthaians]. Mas na maior parte do tempo, estou focado e planejando os próximos passos.
Ela não pegou ainda, acho que ela virá mais perto da estreia. Quando jogador, era tudo diferente: treinava, voltava, almoçava, e só. Agora tem de ficar pensando, planejar de que forma trabalhar. Me preocupo com tudo, pois no fim, a responsabilidade e a cobrança é em cima do técnico.
Jogos, resultados, preparação das equipes e muito mais.
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