Bruno Freitas/UOL

Após atividade, funcionários recolocam pedaços do gramado no campo da Hoerskool

31/05/2010 - 14h40

Seleção treinará com buracos no campo até o fim, avisam responsáveis

Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Johanesburgo (África do Sul)

É bom a seleção brasileira se acostumar aos buracos causados pelos tufos de grama que se soltam no campo da Hoerskool a cada jogada mais forte. Segundo os responsáveis, o gramado começou a ser usado antes do tempo ideal e por isso não estará 100% durante a preparação da equipe de Dunga para a Copa do Mundo. A cada atividade que termina, funcionários ficam cerca de meia hora recolocando os pedaços que se soltam.

“O gramado precisava de seis a oito semanas para ficar pronto, mas os treinos começaram antes. É um gramado novo, foi trocado tudo, até a camada de areia que vai por baixo. As raízes ainda não se firmaram”, explicou Peet Vermeulen, um dos oito funcionários que nesta segunda-feira ficaram recolocando cada tufo de grama manualmente após o treino do Brasil.

Segundo ele, outro fator agrava o cenário: o tipo de grama usado. “São pedaços isolados que não se entrelaçam, por isso se soltam mais fácil.”

Os jogadores já admitiram que o campo não está 100%. No entanto, evitaram fazer críticas mais duras às condições do gramado. Boa parte deles tem o cuidado de recolocar os pedaços que saem assim que a jogada acaba.

“A grama não está tão firme e por isso está se soltando bastante, dá para ver isso nos treinos. Mas nós temos esse campo para treinar e é ali que vamos nos preparar”, analisou o meio-campista Ramires, em tom conformado.

“O campo não está 100%, a grama está se soltando, mas está bom para treinar”, emendou Felipe Melo.

O campo da Hoerskool foi totalmente reformado para receber a seleção brasileira. O local originalmente é um palco de jogos de rúgbi. Por isso, além da camada de areia colocada sob o “tapete”, um novo gramado foi plantado para as atividades de futebol.

“Todo dia pela manhã nós preparamos o campo para os treinamentos e depois dos treinos fazemos o mesmo, mas aí com um maior cuidado para reposicionar cada parte que se solta”, completou Peet Vermeulen.

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