Com campeões, repescagem pode classificar menor país da história das Copas

Do UOL, em São Paulo

Juca ignora risco de Maracanazo e torce por Uruguai na Copa

A Islândia não é um país conhecido pelo futebol, mas pode entrar no livro dos recordes das Copas do Mundo no ano que vem. O país da Escandinávia pode se tornar o menor da história, em número de habitantes, a disputar um Mundial se passar pelos playoffs na Europa. O caso islandês é apenas mais uma das curiosidades das repescagens, que foram definidas na última terça-feira. Confira:

Uruguai: quarta vez seguida

O Uruguai parece um time fadado à repescagem, por mais que o momento do futebol do país campeão das Copas do Mundo de 1930 e 1950 seja bom. A seleção de Oscar Tabarez chegou às semifinais na África do Sul, em 2010, e é o atual campeão da Copa América.

Mesmo assim, ficou atrás de Argentina, Colômbia, Chile e Equador e não conseguiu a vaga direta na América do Sul. A última vez que a equipe conseguiu o feito foi em 1990. Desde então, o Uruguai fracassou em duas Eliminatórias (1994 e 1998) e se classificou para quatro repescagens seguidas (desde 2002). Em uma delas, aliás, para a Copa de 2006, acabou derrotado pela Austrália.

Desta vez, porém, o rival não deve ser tão difícil. A Jordânia é apenas o 73º colocado do ranking da Fifa. O time asiático só supera a Etiópia, número 93 na lista, entre os times que seguem com chance de classificação (os africanos jogam contra a Nigéria, nesta quarta, precisando revertera derrota por 2 a 1 no jogo de ida).

O jogo de ida será disputado na Jordânia, no dia 13 ou 14 de novembro (a Fifa ainda não confirmou a data). A volta será no Uruguai, no dia 20.

México agradece aos maiores rivais

Outro time que pouca gente apostava ver fora da Copa do Mundo segue vivo graças ao seu maior rival. No fim da noite de terça-feira, o México foi derrotado pela Costa Rica por 2 a 1. Por alguns minutos, o time mais vitorioso da Concacaf esteve eliminado do Mundial.

Quando a Costa Rica marcou o segundo gol, o Panamá vencia os EUA. A combinação dos dois resultados colocava os panamenhos na repescagem. Os norte-americanos, porém, viraram o jogo nos acréscimos e salvaram os mexicanos, que perderam para os costa-riquenhos, mas foram à repescagem.

O rival será a Nova Zelândia, mas não deve ser um duelo tranquilo. Sem a rival Austrália, que disputa as eliminatórias pela Ásia, os neozelandeses dominaram o classificatório para a Copa do Brasil, vencendo todas as suas partidas. Há quatro anos, o time venceu o Bahrein e voltou à disputa um Mundial após 28 anos.

O jogo de ida está marcado para o México, também em 13 ou 14 de novembro. O jogo de volta será na Nova Zelândia.

  • 14467
  • true
  • http://esporte.uol.com.br/enquetes/2013/10/16/o-que-os-amistosos-da-selecao-brasileira-mostraram-na-preparacao-para-a-copa-2014.js

Europa: a saga da Islândia e possível duelo de gigantes

Para terminar, a Europa ainda não conhece os duelos que vão completar seus representantes na Copa do Mundo, mas já sabe quem são os times classificados para os playoffs. Entre eles, a Islândia é o destaque. O país tem pouco mais de 320 mil habitantes (segundo o Banco Mundial), quase um milhão de pessoas a menos do que o menor país que já disputou uma Copa, Trinidad e Tobago (com 1,3 milhão de pessoas).

Como isso é possível? Ao unir uma jovem geração talentosa, um veterano com passagens por grandes clubes e um técnico experiente, eles estão perto da classificação para um grande evento pela primeira vez em sua história. A Islândia, por exemplo, nunca conseguiu jogar a Eurocopa – o mais próximo foi em 2004, quando ficou a um ponto da vaga.

Os jovens em questão são o meio-campista Gylfi Sigurdsson, de 24 anos, do Tottenhan/ING, e os atacantes Alfred Finnbogason, de 24, do Heerenveen, artilheiro do campeonato holandês, e Kolbeinn Sigthorsson, de 23, do Ajax, terceiro na mesma lista. O veterano é Eidur Gudjohnsen, 35, com passagens por Barcelona e Chelsea, por exemplo. E o técnico é o sueco Lars Lagerback, que foi a três Copas do Mundo (duas com a Suécia e uma com a Nigéria).

Mas não pense que a repescagem europeia será só sobre a Islândia. Com poucas vagas e muitos candidatos, o número de times de tradição do continente que ainda lutam por uma passagem para o Brasil é grande. A França, campeã mundial de 1998, é um deles.

O time de Didier Deschamps acabou em segundo lugar no grupo da Espanha. Para piorar, como a fase do time não é das melhores, os franceses ainda estão fora do grupo de quatro melhores no ranking entre os times da repescagem e, com isso, vão enfrentar, obrigatoriamente, um rival mais complicado por uma vaga.

O sorteio dos duelos está marcado para segunda-feira e terá um sistema simples: os oitos classificados serão divididos em dois potes. No primeiro, os quatro times com a melhor posição no ranking da Fifa que será divulgado na quinta-feira.  No segundo, os quatro piores. Os duelos serão cruzados.

Esse grupo dos quatro melhores dos playoffs na Europa é formado por Portugal, Croácia, Grécia e Ucrânia. Os quatro piores são França, Romênia, Suécia e Islândia. Com isso, é possível que as bolinhas criem um duelo entre os portugueses comandados por Cristiano Ronaldo e os franceses liderados por Ribery, por exemplo. Os duelos também devem ser entre 13 e 20 de novembro.

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos