"Pergunte ao povo se estão felizes", diz Blatter, após vitória brasileira

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/06/201311h13

A caminho de Fortaleza para assistir à segunda semifinal da Copa das Confederações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que agora deve-se perguntar para o povo se está feliz após a vitória da seleção brasileira sobre o Uruguai, na semifinal. Ele evitou falar sobre os protestos nas ruas do Brasil, preferindo elogiar a partida disputada em Belo Horizonte.

O UOL Esporte questionou o cartola suíço se a classificação brasileira à final representaria uma mudança de humor no povo brasileiro, que parte dele tem se manifestado contra o evento em protestos. "Pergunte ao eles. Pergunte ao povo", disse o dirigente.

Questionado sobre os protestos, o cartola suíço afirmou que falaria sobre isso na sexta-feira. Mas fez questão de elogiar a partida entre o Brasil e o Uruguai.

"Foi um jogo ótimo. Como se esperaria de uma semifinal. Um jogo de muita intensidade, especialmente no final. Poderia ter sido a final", afirmou o dirigente.

Na quarta-feira, quando retornou ao Brasil, Blatter afirmara que os protestos eram de ordem social e interna do Brasil, sem relação com o futebol. Mesmo assim, o dirigente suíço está cercado de forte aparato de segurança em sua estadia no Brasil. Há o esquema previsto para ele desde o início da competição, que inclui batedores da polícia federal e um comborio de carros, além de um jato para voos internos.

E o cartola tem adotado a tática de ir aos jogos semifinais no mesmo dia da competição e voltar em seguida, ao final da partida, para o Rio de Janeiro. Assim, se mantém o menos tempo possível em sedes dos jogos onde ocorrem protestos. Nesta quinta-feira, saiu pela manhã de seu hotel para voar para Fortaleza, onde assistirá a semifinal entre Espanha e Itália.

BLATTER NÃO VÊ RELAÇÃO ENTRE PROTESTOS PELO BRASIL E FUTEBOL

Depois de ficar uma semana no exterior, presidente da Fifa está no Brasil sob forte esquema de segurança. "São problemas sociais internos do Brasil, não do futebol. O futebol só traz alegria não apenas para o Brasil, mas para todo mundo", afirmou ao UOL Esporte.