Fifa e governo assinam acordo de telecomunicações para a Copa, e custo estatal cresce R$ 9 milhões

Aiuri Rebello*

Do UOL, em Brasília (DF)

  • Jarbas Oliveira/Folhapress

    O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke (dir), e Aldo Rebelo (esq) estão visitando juntos as arenas da Copa

    O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke (dir), e Aldo Rebelo (esq) estão visitando juntos as arenas da Copa

O Ministério das Comunicações e a Fifa (Federação Internacional de Futebol) assinaram nesta segunda-feira o contrato que estabelece as responsabilidades e os investimentos de cada ente na área de telecomunicações para a Copa do Mundo de 2014, que será sediada no Brasil. O acordo definiu que o governo federal será responsável por toda a infraestrutura fixa, enquanto a Fifa custeará o que será usado apenas durante o Mundial.

A previsão, até o momento, é que o governo federal desembolse R$ 380 milhões, R$ 9 milhões a mais do que o que fora publicado no Diário Oficial da União em abril do ano passado, quando o gasto estatal previsto era de R$ 371 milhões, conforme informou o UOL Esporte.

Do total, R$ 200 milhões foram repassados ao orçamento de 12 redes metropolitanas. Os outros R$ 180 milhões, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) destinará para reforço, treinamento, equipamentos, rede, entre outros. De acordo com o  ministro das Telecomunicações, Paulo Bernardo, os valores ainda poderão ser corrigidos, e a quantia a ser investida pela Fifa ainda não está definida. "Ainda tem orçamento sendo fixado", afirmou o titular da pasta, nesta segunda-feira, em Brasília.

Também nesta segunda-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em visita ao Brasil, foi questionado sobre a divisão de encargos entre Fifa e poder público nos preparativos para a Copa, se não estaria havendo desproporcionalidade entre as responsabilidades. O cartola afirmou que "todo mundo conhecia as regras previamente, desde quando o Brasil foi escolhido para ser a sede da Copa (outubro de 2007)". A Lista de Encargos da Copa, documento assinado pelo governo brasileiro em 2007, prevê que o país arque com os custos de telecomunicações.

Sobre a segurança dos estádios, diante da tragédia que ocorreu ontem (27) no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em que 231 pessoas morreram vítimas de incêndio, Valcke lamentou o ocorrido, mas garantiu que o esvaziamento rápido dos estádios é um dos requisitos básicos na organização da Copa.

"Na organização de uma Copa do Mundo, faz parte dos requisitos evacuar os estádios em pouquíssimos minutos. Pessoas serão treinadas para que em no máximo oito minutos, um estádio com até 60 mil pessoas seja esvaziado", explicou o secretário-geral da Fifa.

Obras da Copa
Obras da Copa

* Com informações da Agência Brasil

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