"Quando o governo faz a conta, é sempre o dobro", diz Rosenberg sobre obra do Itaquerão
Paulo Passos
Do UOL, em São Paulo
-
Reinaldo Canato/UOL
Estádio corintiano deve ficar pronto em dezembro de 2013 e terá o jogo de abertura da Copa
Quando foi definido que seria necessária a construção de arquibancadas móveis para adequar o Itaquerão às exigências da Fifa para a abertura da Copa de 2014, a Odebrecht e o governo de São Paulo estimaram que a obra não sairia por menos de R$ 70 milhões. Depois de ver a Ambev anunciar que aumentará a capacidade do estádio de 48 mil para 68 mil pessoas pela metade do valor, o vice-presidente corintiano Luis Paulo Rosenberg criticou o governo estadual.
"Quando o governo faz a conta, é sempre o dobro. Entrou a Ambev com leilão virtual, quatro propostas de empresas diferente e a conta diminuiu", disse Rosenberg durante o evento do anúncio oficial.
Obras no Itaquerão
Rosenberg ainda usou como exemplo a retirada dos dutos da Petrobras do terreno em Itaquera que atrapalhavam a construção de parte do estádio para mostrar que o clube tem conseguido diminuir os custos da construção do estádio, orçado em R$ 820 milhões.
"Foi igual com os dutos. Esprememos, refizemos a conta e de R$ 30 milhões (preço estimado pela Transpetro, empresa responsável pelos dutos) saiu por R$ 11 milhões", afirmou.
O dirigente ainda descartou que o clube peça para a empresa manter a estrutura móvel com os cerca de 20 mil lugares para depois da Copa do Mundo de 2014. "Quantas vezes o Corinthians precisou de um estádio para mais de 47 mil pessoas?", questionou o dirigente.
A Ambev anunciou na manhã desta terça-feira que irá arcar com os custos da estrutura móvel que aumentará a capacidade do Itaquerão de 48 mil para 68 mil pessoas, atendendo assim a exigência da Fifa, que pede, pelo menos, a capacidade de 65 mil torcedores para o estádio que receberá o jogo de abertura do Mundial.