O fracasso da seleção na Copa de 2006 provocou mudanças imediatas na seleção. Logo após o Mundial na Alemanha, Dunga foi escolhido para comandar a equipe. Mesmo sem experiência anterior como técnico, o ex-volante chegou com a missão de valorizar a disciplina. No lugar da badalação vista em Weggis, veio o isolamento. A medida, porém, também fracassou.

Dunga recebeu as primeiras críticas após as derrotas para Portugal e México, mas o treinador teve uma trégua com a conquista do título da Copa América diante da Argentina. O fraco desempenho em amistosos e nas eliminatórias da Copa aumentaram a desconfiança da torcida e da imprensa.

O fracasso na busca pela medalha de ouro olímpica em Pequim elevou o tom das críticas ao técnico, cuja relação com a imprensa já não era das melhores. A redenção veio com seguidos triunfos nas eliminatórias, com a conquista antecipada da vaga para o Mundial, e o título da Copa das Confederações.

Na Copa, o Brasil caiu em um grupo mediano. Na estreia, a equipe fez uma apresentação burocrática contra a fraca Coreia do Norte e venceu por 2 a 1. A seleção melhorou diante da Costa do Marfim e ganhou por 3 a 1, em jogo violento marcado pela expulsão de Kaká e um gol irregular de Luis Fabiano. Já classificado, o time ficou em um 0 a 0 sem brilho contra Portugal.

Líder de seu grupo, o Brasil escapou de pegar a Espanha nas oitavas e enfrentou o Chile. Com facilidade, venceu por 3 a 0. Apesar do resultado, o relacionamento entre Dunga e a imprensa se tornava cada vez mais complicado. As restrições e o isolamento em torno da equipe levaram a constantes trocas de farpas.

Nas quartas, a seleção começou bem contra a Holanda: abriu o placar com um gol de Robinho e fez um primeiro tempo brilhante. Na etapa final, porém, foi desastrosa para os brasileiros. Logo aos 8min, em falha do goleiro Julio Cesar, a Holanda empatou. O gol desestabilizou o lado emocional dos brasileiros. Felipe Melo, autor da assistência para Robinho, foi expulso ao cometer falta violenta em Robben. Perdido em campo e com erros infantis da defesa, o Brasil levou a virada aos 23min e se despediu do Mundial.